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Face Oculta: Namércio Cunha diz que Godinho via Vara como um “lobista”

armando_varaJulgamento do processo Face Oculta prosseguiu, destacando-se, nesta sessão, a afirmação de Namércio Cunha, ex-director-geral do empresário das sucatas, que acusa Vara e Paulo Penedos de serem “gestores de influências”. Namércio Cunha firma ainda que “Manuel Godinho via Armando Vara como um lobista”.

O Tribunal de Aveiro recebeu mais uma sessão do julgamento Face Oculta, nesta terça-feira, com uma declaração de Namércio Cunha, que confirmou algumas declarações prestadas à Polícia Judiciária.

“Manuel Godinho via Armando Vara como um lobista”, reafirmou Namércio Cunha, que já o denunciara À PJ. Antigo diretor-geral de Godinho, Namércio Cunha afirmou ainda que Armando Vara e Paulo Penedos, filho de José Penedos, “eram gestores de influências”.

O Tribunal de Aveiro ouvira Namércio Cunha, arguido no processo Face Oculta, na sessão anterior do julgamento. Considerado o antigo ‘braço direito’ de Manuel Godinho, Namércio Cunha afirmou que era um “pau mandado” do empresário das sucatas e que se limitava a cumprir ordens.

“Fiz as coisas que me mandaram fazer. Executei. Devia essa obediência em termos de chefia, mas o que me prendia na empresa eram os desafios profissionais”, declarou o arguido, esclarecendo também o coletivo de juízes das funções que desempenhou enquanto diretor comercial da O2, a empresa detida por Manuel Godinho. Ao longo de sete anos, Namércio Cunha reportou diretamente a Paulo Godinho, o filho mais velho do principal arguido no processo.

O julgamento do Face Oculta começou em Aveiro, após mais de dois anos de fase processual. O caso, que envolve 36 arguidos, está relacionado com alegados casos de corrupção, crimes de burla, branqueamento de capitais e tráfico de influências para favorecer Manuel Godinho em diversos concursos públicos.

Segundo o Ministério Público, o Estado terá sido lesado em cerca de 5,6 milhões de euros, em virtude de uma alegada rede tentacular.

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