A EY não identificou um padrão entre as decisões que fugiram às regras internas da Caixa Geral de Depósitos (CGD) e as operações que registaram maiores perdas para o banco, disse hoje no parlamento uma responsável da auditora.
“Não conseguimos identificar um padrão na nossa análise em que se possa dizer que as situações que não estão em linha com o normativo se verificam apenas e só no top 25 [de maiores perdas]”, disse a ‘partner’ da EY Florbela Lima, no parlamento.
A responsável, que está a ser ouvida na comissão de inquérito parlamentar à gestão do banco público, acrescentou que “não é correto” fazer-se a ligação entre as situações de inconformidade com os regulamentos internos da CGD e maiores perdas.
Quando questionada pela deputada do PSD Inês Domingos se face à falta de documentação que justificasse desvios aos regulamentos internos, Florbela Lima disse que se tratava de um “juízo de valor”.
Na sua intervenção inicial, a ‘partner’ da EY responsável pela auditoria disse que a empresa não fazia “juízos de valor”, e ainda que não constituía uma “auditoria financeira histórica”, e que “não teve como objetivo a atribuição des responsabilidades civis ou criminais”.
Segundo a responsável, as conclusões da auditoria “centram-se na tipificação e não conformidade com normas internas” da CGD, e o trabalho da auditoria “incidiu no processo de tomada de decisão”, e não “na qualidade das decisões e no impacto económico” das mesmas.
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