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“Extremismos” em Portugal: “Respeitem a democracia”, exige líder do Podemos

O líder do Podemos despediu-se do Parlamento Europeu (PE) citando o caso de Portugal. Além de apontar o dedo a Juncker por “humilhar a Europa”, Pablo Iglesias exigiu ao presidente da assembleia “respeito pela democracia”, depois de Weber ter criticado os “extremismos em Portugal”.

A situação política de Portugal serviu para aquele que terá sido o discurso mais crítico de Pablo Iglesias como eurodeputado, agora que o líder do Podemos renunciou ao mandato para se candidatar às legislativas em Espanha.

Recuperando as declarações recentes de Manfred Weber, o presidente do PE que se manifestou preocupado com “os extremismos [de esquerda] em Portugal”, Pablo Iglesias confrontou o alemão e todos os políticos de direita com a necessidade de “respeitarem a democracia”.

“Aprendam a respeitar a democracia, aprendam que, às vezes, os cidadãos votam de forma diferente ao que vocês representam”, afirmou.

Na hora da saída, depois de 15 meses no PE, o líder do Podemos criticou ainda a “maldita grande coligação” das famílias políticas no órgão, lembrando que “foram o Partido Popular Europeu e o Partido Socialista Europeu” quem “permitiu” que Claude Juncker se tornasse no presidente da Comissão Europeia.

Sobre Juncker, Pablo Iglesias recuperou o caso Luxleaks e acusou o luxemburguês de “favorecer pactos com multinacionais” enquanto ignora “a pobreza” em vários países da União.

“Humilhar a Europa é acabar com o estado de bem-estar, como é humilhar a Europa acabar com os direitos sociais. Humilhar a Europa é entregar os governos à arrogância dos poderes financeiros e atacar a soberania. Humilhar a Europa é favorecer a fraude fiscal, como você, senhor Juncker, que promoveu acordos secretos com multinacionais, quando era ministro das Finanças, para que tivessem de pagar os impostos a um por cento, enquanto os cidadãos europeus tinham de pagar os impostos” na totalidade, acusou o líder do Podemos.

Numa das intervenções mais violentas (a nível político) que fez no PE, Pablo Iglesias abordou ainda a questão dos refugiados:

“Custa-me ouvir tanta hipocrisia nesta câmara, de alguns que choram lágrimas de crocodilo e dizem defender os direitos humanos”.

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