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Expulsar a Grécia do euro seria, para Durão Barroso, contrariar uma União que é um “projeto de paz”

A União Europeia é “um projeto de paz e reconciliação”, pelo que vai “fazer tudo” para que a Grécia não seja expulsa da moeda única. A afirmação é do presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, numa suavização do discurso quando os helénicos já demonstraram não conseguir formar um Governo viável.

A União Europeia (UE) é um “projeto de paz e reconciliação” que não pode ser reduzida a uma “união monetária”, afirmou o presidente da Comissão Europeia (CE), Durão Barroso, perante a Assembleia Geral das Nações Unidas. Quando o mundo se reúne para debater o estado da economia e a crise no ‘velho continente’, o dirigente da CE assegura “muito claramente” que “a União Europeia fará tudo” para assegurar a permanência da Grécia na moeda única.

Em contrapartida, Durão Barroso apela aos gregos, que continuam sem Governo, para que saibam responder às exigências assinadas aquando do acordo com a troika: “vamos honrar os nossos compromissos em relação à Grécia e esperamos que o governo grego – atual e futuro – cumpra as condições acordadas conjuntamente para a assistência financeira”.

Se a “vontade do povo grego” é quem mais ordena, os protestos, por mais razão que tenham os helénicos, também não podem sobrepor-se à vontade dos restantes 16 países do euro. A CE garante que a decisão da Grécia será “totalmente respeitada”, salvaguardando para o futuro eventuais medidas que respeitem as vontades comunitárias que venham a penalizar os gregos.

“Os comentadores frequentemente subestimam” que o euro é “muito mais do que uma construção monetária”, sendo o “projeto de paz e reconciliação que está nas origens da integração europeia”, sendo a base “que ainda nos une para além de dificuldades momentâneas”, realçou Durão Barroso.

O presidente da CE foi à Assembleia Geral da ONU defender a “resposta robusta” – que incluiu a “reparação” do setor bancário, fortalecimento da governação económica, dos mecanismos de emergência e a “solidariedade sem precedentes” para com os países membros afetados – com que a EU tem procurado resolver a crise da dívida, situação que Barroso equiparou à ‘bolha do subprime’ que, em 2007, explodiu nos EUA.

“Muito foi feito nos últimos dois anos para ultrapassar estes problemas”, recordou o responsável da CE, para quem “reduzir dívidas a défices é essencial para aumentar a confiança e cortar os custos de financiamento”, pois “cada euro gasto no pagamento de juros é um euro a menos para os empregos e investimentos”.

Durão Barroso admitiu que a UE vai investir cerca de 180 mil milhões de euros (o equivalente a 1,5 por cento do PIB da União) nas reformas estruturais para consolidar o “genuíno” mercado laboral europeu. Algumas das verbas serão provenientes da emissão de novas obrigações (4,6 mil milhões) e do reforço do capital do Banco Europeu de Investimento (10 mil milhões de euros).

O presidente da CE preferia uma “resposta mais rápida e por vezes mais arrojada”, mas qualquer decisão tem de ser conciliada a 27 para evitar um “crescimento impulsionado pelo crescimento insustentável”, como aconteceu até aqui: “estamos a fazer uma reforma de raiz das nossas políticas orçamentais e económicas. Para além do som e da fúria, estamos a fazer bons progressos em estabelecer fundações firmes para uma retoma económica forte e crescimento sustentável”.

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