Economia

Exportações de bens para Pequim caem 21,8 por cento em 2018

As exportações de bens portugueses para a China caíram 21,8% no ano passado, face a 2017, para 657,8 milhões de euros, de acordo com dados do Instituto Nacional de Estatística (INE).

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, viaja na quinta-feira para a China para uma visita de seis dias que começa simbolicamente na Grande Muralha e termina em Macau, durante a qual será recebido pelo chefe de Estado chinês, Xi Jinping.

As importações de bens de Pequim ascenderam a 2.350 milhões de euros em 2018, uma subida de 14,5% face ao ano anterior, o que representa um saldo da balança comercial negativo para Lisboa em 1.692 milhões de euros.

Nos dois primeiros meses deste ano, as exportações de bens portugueses para Pequim ascenderam a 91,1 milhões de euros, uma redução de 11,3% face a igual período de 2018, enquanto as importações aumentaram 46,9%, para 520,8 milhões de euros, com um saldo da balança comercial negativo para Lisboa em 429,7 milhões de euros.

Em 2017, as exportações de bens para Pequim totalizaram 841,7 milhões de euros, uma subida de 24% face ao ano anterior, com as importações a aumentarem 12,7% para 2.051 milhões de euros.

No ano passado, a China era o 13.º cliente de Portugal e o seu sexto fornecedor, enquanto Lisboa era o 61.º cliente de Pequim e seu 67.º fornecedor.

Em 2017, havia 1.451 exportadores portugueses para a China, mais 71 do que um ano antes.

Entre os principais grupos de produtos exportados para a Pequim constam veículos e outro material de transporte (peso de 23,1% do total em 2018), pastas celulósicas e papel (11,9%), minerais e minérios (11,2%), máquinas e aparelhos (10,6%) e alimentares (9%).

As vendas de veículos e outro material de transporte caíram 47,2% no ano passado, face a 2017, para 152 milhões de euros, as de pastas celulósicas e papel recuaram 19,8% (78,4 milhões de euros), as de minerais e minérios desceram 25,6% (73,9 milhões de euros) e as máquinas e aparelhos diminuíram 4,5% (69,9 milhões de euros).

As exportações de bens alimentares para Pequim caíam quase um terço (31,1%), para 59,1 milhões de euros.

Por sua vez, as máquinas e aparelhos (peso de 35,5% do total das importações em 2018), metais comuns (8,9%), matérias têxteis (8%), químicos (6,2%) e vestuário (5,4%) são os principais grupos de produtos comprados a Pequim por Lisboa.

Em 2018, as importações de máquinas e aparelhos subiram 12,3% para 834,8 milhões de euros, as de metais comuns aumentaram 14,5% (209 milhões de euros), as de matérias têxteis progrediram 30,5% (187,7 milhões de euros), as de químicos cresceram 18,1% (146,7 milhões de euros) e as de vestuário avançaram 37,1% (127,2 milhões de euros).

Já as exportações de serviços de Portugal para a China subiram 6,8% no ano passado, face a 2017, para 245,3 milhões de euros, de acordo com dados do Banco de Portugal.

As importações de serviços aumentaram 13,9%, para 342,3 milhões de euros, representando um saldo da balança comercial negativo para Lisboa em 97,1 milhões de euros.

No total, as exportações de bens e serviços de Lisboa para Pequim ascenderam a 900 milhões de euros no ano passado, uma descida de 14,8% face a 2017, e as importações subiram 14% para 2.260,5 milhões de euros, o que representou um saldo da balança comercial negativo para Portugal em 1.360 milhões de euros.

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