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“Existem crianças de 10 anos refugiadas que tentam suicidar-se”, alertam Médicos Sem Fronteiras

A crise dos refugiados atinge patamares inimagináveis e os Médicos Sem Fronteiras dão uma espécie de ‘grito de revolta’ ao mundo para que entidades políticas, mas não só, olhem para este drama que se arrasta há vários anos. Os Médicos Sem Fronteiras relatam um cenário de miséria onde refugiados tentam sobreviver no meio de “pulgas, cheiro a esgoto” e até “crianças de 10 anos que se tentam suicidar”.

É um relato perturbador, um ‘grito de revolta’ para o mundo que os Médicos Sem Fronteiras dão ao relatar o que se passa num campo de refugiados numa ilha grega, em Lesbos, onde a situação ultrapassa os limites.

O coordenador da organização Médicos Sem Fronteiras na ilha de Lesbos, Luca Fontana, garante que já esteve em cenários de guerra e outros conflitos mas “nunca” viu o que vê diariamente no campo de refugiados em Moria.

“Temos crianças de 10 anos que tentam suicidar-se e não existe nenhum psicólogo ou psiquiatra nesta ilha. Apesar de tentarmos transferir estas crianças para Atenas, o mais depressa possível, isso não está a acontecer. Estas crianças continuam aqui”, refere Luca Fontana, à BBC.

https://playbuffer.com/watch_video.php?v=S1UB5GWM7326

Este responsável dá exemplos e explica, por exemplo, que vivem “oito mil pessoas” numa tenda onde “devia haver duas mil”.

Diariamente, há pessoas esfaqueadas quando estão na fila para arranjar comida.

https://playbuffer.com/watch_video.php?v=A96K51R5XA1U

Em junho de 2017, o Governo grego assumiu a responsabilidade pelo campo e dispensou as atividades dos Médicos Sem Fronteiras.

Porém, esta organização mantém intervenção em Lesbos, no sentido de prestar apoio médico e psicossocial aos refugiados mais vulneráveis.

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