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Executado nos EUA condenado que esteve 36 anos no corredor da morte

Executado GeórgiaFoi executado na Geórgia, nesta quarta-feira, o mais idoso dos condenados à morte naquele estado norte-americano. Há 36 anos no corredor da morte, Brandon Jones, de 72 anos de idade, gerou críticas à aplicação tardia da pena de morte.

Os advogados do afro-americano Brandon Jones tentaram, de todos os modos, evitar a execução de um homem que passou metade da sua vida nos corredores da morte do estado norte-americano da Geórgia.

A coincidência matemática é pormenor, mas deve ser assinalada. O condenado tinha 72 anos, exatamente o dobro do tempo que passou no corredor da morte.

Os advogados deste condenado agora executado consideram que a aplicação da pena capital não pode demorar tanto tempo – neste caso, mais de três décadas.

Nesta quarta-feira, foi ministrada a injeção letal, na prisão da cidade norte-americana de Jackson, naquele estado, segundo adianta a AFP, que cita um porta-voz da administração penitenciária.

Na próxima semana, Brandon Jones completaria o 73.º aniversário. Passa a ser, desde esta quarta-feira, o mais idoso condenado à morte da Georgia.

O crime cometido pelo afro-americano foi praticado em 1979. Matou um comerciante, naquele ano, e foi condenado à pena capital. Os advogados lamentam que essa sentença tenha sido cumprida, ao cabo de 36 anos.

Nesta terça-feira, os causídicos interpuseram o derradeiro recurso nas instâncias judiciais do estado e também do Supremo Tribunal de Washington. O objetivo era anular a pena de morte, mas os recursos não mereceram deferimento.

O caso de Brandon Jones traz à agenda mediática uma questão que é discutida repetidamente nos Estados Unidos: esta espécie de dupla condenação, que constitui a pena de morte aplicada aos presos que vivem décadas nos corredores da morte.

De acordo com o parecer de alguns magistrados, como o juiz do Supremo Stephen Breyer, estes protelamentos não estão em conformidade com o fundamento punitivo de uma condenação à pena de morte.

O problema de Jones não é único. Os corredores da morte de diversas penitenciárias estão cheios de condenados que vivem com a certeza de que, um dia, receberão a injeção fatal. Mesmo que esse dia chegue décadas mais tarde, quando as leis já foram alteradas.

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