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Exclusão de nomes propostos para o Governo timorense gera polémica na coligação

A exclusão pelo Presidente timorense de mais de uma dezena de membros propostos para o próximo Governo está a causar “profundo mal-estar” e fortes críticas na coligação que apoia o executivo, informaram fontes partidárias à Lusa.

Alguns dos principais líderes da Aliança de Mudança para o Progresso (AMP) defendem o cancelamento da tomada de posse de uma parte do executivo prevista para hoje, disseram várias fontes ouvidas nas últimas horas pela Lusa e que solicitaram o anonimato.

“O assunto está a ser debatido pelos nossos líderes. A eles cabe a decisão final sobre o que fazer”, confirmou um alto responsável do Congresso Nacional da Reconstrução Timorense (CNRT), o maior partido da AMP.

“Vamos encontrar a melhor solução possível para este país. Temos que pensar no futuro deste país”, disse outros um dos responsáveis máximos da AMP.

Em causa está a decisão do Presidente da República só dar posse hoje a 30 dos mais de 40 elementos propostos pelo primeiro-ministro nomeado, Taur Matan Ruak, para integrar o VIII Governo constitucional, segundo a lista a que a Lusa teve acesso.

De fora ficam alguns dos pesos pesados do executivo, incluindo Francisco Kalbuadi Lai, que seria número três no Governo e que é secretário-geral do CNRT.

Por nomear encontram-se vários outros ministros propostos pela AMP, incluindo o da Administração Estatal, o do Planeamento e Investimento Estratégico, o das Finanças, entre outros, todos eles escolhidos pelo CNRT. De fora está também o nome proposto para ministro da Saúde.

Alguns deputados pediram hoje suspensão do mandato, os quais, segundo fontes da AMP, estavam na lista de membros propostos para o Governo, nomeadamente António Verdial (KHUNTO) e Virgilio Smith (CNRT).

A AMP é integrada pelo CNRT, pelo Partido Libertação Popular (PLP), liderado por Taur Matan Ruak, e pelo Kmanek Haburas Unidade Nacional Timor Oan (KHUNTO).

Outra das surpresas é a ausência de Filomeno Paixão, que esta semana pediu a exoneração como número dois das Forças de Defesa de Timor-Leste (F-FDTL) – estava proposto para ministro da Defesa – e que o próprio Presidente disse na quinta-feira à Lusa que seria um bom titular da pasta.

As primeiras reações à lista, na quinta-feira, foram de “muito descontentamento”, especialmente no topo do CNRT.

Fontes do PLP e do CNRT confirmaram que hoje de manhã, horas antes da tomada de posse prevista para as 16:30 locais (08:30 em Lisboa), a posição “não se tinha alterado”.

Até ao momento a Presidência não deu qualquer explicação para o facto de não tomarem posse todos os membros propostos por Matan Ruak.

Uma fonte do gabinete de Lu-Olo disse apenas que a tomada de posse deverá ser feita “em fases”.

O decreto com a lista dos membros propostos para o próxim Goveno e que deviam tomar posse hoje foi já publicado no Jornal da República.

Lusa

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Lusa
Etiquetas: Timor-Leste

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