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Excedente comercial da China com EUA atinge máximo de 26,7 mil milhões de euros em agosto

O excedente da balança comercial da China com os Estados Unidos subiu em agosto para um novo máximo, de 31,06 mil milhões de dólares (26,7 mil milhões de euros), numa altura em que estes países enfrentam uma guerra alfandegária.

Segundo dados hoje divulgados pela Administração-geral das Alfândegas da China, este excedente subiu 18,7 por cento face ao período homólogo, tendo também aumentado comparativamente a julho deste ano, em resultado das exportações daquele país asiático.

As exportações subiram, assim, 5,4 por cento para 10,34 mil milhões de ‘yuans’ (1,3 mil milhões de euros) entre janeiro e agosto deste ano em relação ao mesmo período de 2017, enquanto as importações subiram 13,7 por cento para 9,09 mil milhões de ‘yuans’ (1,15 mil milhões de euros).

Por seu lado, o comércio externo daquela que é a segunda maior potência económica do mundo, a China, subiu 9,1 por cento neste período, alcançando os 19,43 mil milhões de ‘yuans’ (2,45 mil milhões de euros).

Os analistas esperam, contudo, que o comércio externo da China seja afetado no segundo semestre deste ano, em resultado da guerra comercial com os Estados Unidos.

Há três semanas, entraram em vigor novas taxas alfandegárias de 25 por cento sobre parte das importações oriundas dos Estados Unidos e da China, penalizando principalmente bens industriais, incluindo tratores, tubos de plástico ou instrumentos de medição.

Como medida de retaliação, a China impôs taxas semelhantes aos produtos oriundos dos Estados Unidos, incluindo produtos energéticos, como o carvão, e automóveis.

Esta guerra comercial começou em julho passado, quando o presidente norte-americano, Donald Trump, impôs já taxas adicionais de 25 por cento sobre um conjunto de produtos chineses.

A primeira ronda de taxas afetou sobretudo os setores da aeronáutica, tecnologias de informação e comunicação ou robótica e máquinas, demonstrando que Washington quer impedir Pequim de competir, no futuro, naqueles setores de alto valor agregado.

Pequim retaliou com taxas alfandegárias sobre o mesmo valor de bens importados dos Estados Unidos, afetando sobretudo produtos agrícolas, de forma a atingir a América rural, onde estão concentrados muitos dos eleitores de Donald Trump.

Desde o início das disputas comerciais, a moeda chinesa, o ‘yuan’, desvalorizou-se mais de 8 por cento, enquanto a bolsa de Xangai, a principal praça financeira do país, caiu mais de 12 por cento.

Esta sexta-feira, Donald Trump voltou a ameaçar a China com taxas adicionais, num valor de 267 mil milhões de dólares (230 mil milhões de euros), que se somariam aos 50 mil milhões de dólares (43 mil milhões de euros) impostos desde julho passado e aos 200 milhões de dólares (172 mil milhões de euros) que a administração norte-americana está a preparar.

No ano passado, os Estados Unidos importaram um total de 505 mil milhões de dólares (435 mil milhões de euros) da China.

“Estou a ser duro com a China porque tenho de ser. Estão a arrecadar [mais de] 500 mil milhões de dólares daqui. Não posso deixar que isso aconteça”, vincou Donald Trump numa declaração feita na sexta-feira.

Lusa

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Lusa

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