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Jorge Sampaio defende uso de canábis para fins terapêuticos

O antigo Presidente da República defende a legalização da canábis para fins terapêuticos e diz que esta sua ideia é fundamentada em argumentos científicos.

“É preciso manter uma abordagem abrangente e evolutiva que permita a formulação de políticas, baseadas em informação científica fiável e que acompanhe os desafios novos que se colocam”, afirmou, em declarações à Lusa, falando como membro da Comissão Global sobre Política de Drogas.

Na sequência de um relatório intitulado ‘The World Drug Perception Problem’ [O Problema Global da Perceção das Drogas] divulgado pelo organismo do qual faz parte Jorge Sampaio, o antigo chefe de Estado salienta ser necessário “monitorizar periodicamente as práticas e os resultados das políticas na área das drogas e das toxicodependências”.

A ideia passa, diz Jorge Sampaio, por conseguir “avaliar a sua eficácia e adequação a uma realidade que também ela vai evoluindo, sem esquecer a própria perceção na sociedade sobre as estratégias que funcionam e as que fracassam”.

No que ao problema da droga diz respeito, Jorge Sampaio diz ser a favor de um trabalho que possa envolver vários agentes do Estado mas também da sociedade civil.

Criada em 2011, esta Comissão da qual faz parte Jorge Sampaio, tem procurado reunir matéria científica para tentar compreender e debater o fenómeno da droga.

Jorge Sampaio crê que a Comissão Global sobre Política de Drogas tem desempenhado um papel “muito relevante neste processo de mudança de paradigma”.

Este organismo é formado por personalidades ligadas à política, ao mundo empresarial, mas também da área científica, sem esquecer que dela fazem parte um ex-secretário-geral da ONU e três Prémio Nobel.

O tema da legalização das drogas para fins terapêuticos será debatido no Parlamento português.

Várias personalidades já fizeram questão de assinar um documento para que o Estado luso possa dar ‘luz verde’ a esta situação.

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