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Ex-PGR “cometeu um erro crasso” no caso de Tancos, acusa ex-juiz militar

Raúl Cunha, antigo juiz militar e major-general do Exército, acusou Joana Marques Vidal de ter cometido “um erro crasso” no caso do furto de Tancos.

O militar (agora na reserva) sustentou que a retirada da investigação à Polícia Judiciária Militar (PJM), pela então procuradora-geral da República (PGR), foi mesmo “uma ilegalidade”, em entrevista à Renascença.

“A investigação nunca deveria ter passado só para a PJ quando aquele crime, de acordo com a lei, e a PGR violou a lei, era um crime estritamente militar, ou seja, da competência da Policia Judiciária Militar”, insistiu o ex-juiz militar.

Sem poder continuar a investigar o caso, não restou à PJM senão “fazer uma encenação”, depois de ‘travada’ por Joana Marques Vidal.

Após apresentar argumentos, Raúl Cunha questionou: “O que e que era mais importante? Era obedecer à ordem da procuradora ou era recuperar as armas?”

O ex-juiz militar afirmou ainda que “o mais grave”, em todo este caso de Tancos, “foi o facto de a PJ ter tido conhecimento de que o roubo ia acontecer e não ter informado às Forças Armadas”.

O furto do material de guerra dos paióis de Tancos levou à demissão do ministro da Defesa, Azeredo Lopes, e à prisão do então diretor da PJM, Luís Vieira.

Ao todo, o processo conta com mais de 20 arguidos.

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