Desporto

Ex-inspetor da PJ ‘antecipa’ arquivamento do caso dos emails

Durante um espaço de debate da CMTV, o ex-inspetor da Polícia Judiciária, Carlos Anjos, comentador afeto ao Sporting, antecipou o arquivamento do caso dos emails, que envolve o Benfica. “A prova proibida, aquela que a polícia ou o Ministério Público obtêm – neste caso, os emails, e a forma como eles foram retirados – está contaminada para sempre”, explica.

Carlos Anjos revelou ontem, na CMTV, que o arquivamento do caso dos emails é o cenário mais provável.

“O código é muito claro. A prova proibida, aquela que a polícia ou o Ministério Público obtêm – neste caso, os emails, e a forma como eles foram retirados ao Benfica – está contaminada para sempre”, explicou.

O comentador, que defende as cores do Sporting no programa ‘Pé em Riste’, explicou que, mesmo que um investigador entre agora, “com um mandato do juiz, pela ‘porta do cavalo’”, nos servidores do Benfica, há um facto objetivo: “os emails serão sempre prova proibida”.

Carlos Anjos antecipa o arquivamento do caso dos emails: “Basta ler a lei. Toda a prova é proibida, bem como toda a que for obtida a partir daquela”.

“Os emails não podem ser usados em tribunal, nem direta nem indiretamente. Sejamos claros”.

Acresce que, de acordo com o ex-inspetor da Polícia Judiciária, os factos detetados nos emails permitam dar origem a qualquer outra investigação.

“Tenho muitas dúvidas de que, a partir daqueles emails, [os investigadores] possam fazer algo. A sua existência está contaminada”, insiste.

Carlos Anjos destaca, no entanto, que na Operação E-Toupeira “a questão é totalmente diferente”.

“Com aquilo que vem no despacho, a probabilidade de a Benfica SAD ser constituída arguida é grande. É quase inevitável”, salienta.

Em destaque

Subir