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Ex-guerrilha colombiana denuncia poucos avanços desde assinatura do acordo de paz

O líder do partido da Força Alternativa Revolucionária Comum (que manteve a sigla da ex-gerrilha FARC) denunciou os “avanços muito reduzidos” na implementação do acordo de paz assinado há precisamente dois anos com o Governo colombiano.

Numa carta dirigida ao enviado especial da ONU na Colômbia, Jean Arnault, na sexta-feira, o ex-guerrilheiro Rodrigo Londoño assinalou que os avanços são especialmente reduzidos no “acesso à terra”.

O líder do partido, conhecido na sua época de guerrilheiro como “Timochenko”, exortou Jean Arnault a intervir para “assegurar o cumprimento do que foi acordado” nas negociações de paz em Havana.

Em 24 de novembro de 2016, O ex-Presidente Juan Manuel Santos assinou um acordo histórico com a antiga maior guerrilha do país.

Na sequência da assinatura do acordo, que valeu nesse ano o prémio Nobel da Paz a Santos, as ex-FARC entregaram as armas e transformaram-se no partido político Força Alternativa Revolucionária Comum, com a mesma sigla.

O conflito armado na Colômbia, que envolveu guerrilhas, grupos paramilitares, forças do Governo e narcotraficantes ao longo de mais de 50 anos, causou mais de 260 mil mortos, quase 83 mil desaparecidos e 7,4 milhões de deslocados.

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