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Ex-deputado Seguro: Renúncia ao Parlamento entre elogios e compreensão

É a terceira renúncia de António José Seguro, que depois da liderança do PS e do Conselho de Estado abandona o Parlamento. Há quem elogie “a atitude própria”, como Álvaro Beleza, e quem compreenda, casos de Maria de Belém e Ferro Rodrigues.

Ex-secretário-geral do PS, ex-conselheiro de Estado e, agora, ex-deputado. António José Seguro anunciou mais uma renúncia, agora ao Parlamento, cumprindo a promessa de voltar a ser “um militante de base” caso perdesse (como aconteceu) as primárias para a escolha do candidato socialista às legislativas.

Após ter aberto o caminho para a liderança socialista a António Costa, Seguro demonstra agora que não vai ficar na Assembleia da República a fazer oposição interna, como foi acusado de protagonizar na época de José Sócrates.

Na mesma noite em que assumiu a derrota nas primárias, a 28 de setembro, Seguro lembrou a promessa de voltar a ser apenas “um militante de base”.

Uma fonte próxima ao ainda secretário-geral, citada sem identificação pelo Diário de Notícias, assegura que Seguro “terminou mesmo” a carreira política.

“Quem conhece bem Seguro sabe que ele iria colocar um ponto final, tal como afirmou na noite de 28 de Setembro”, acrescentou a mesma fonte, salientando que o então candidato derrotado não aceitou voltar atrás na decisão: “palavra dada, não volta atrás”.

António José Seguro terá mesmo garantido aos mais próximos que não vai ‘andar por aí’ dentro do PS.

“Não tenho, nem terei qualquer envolvimento no próximo Congresso Nacional”, terá afirmado.

De acordo com a mesma fonte, o secretário-geral demissionário terá aceite o convite de uma universidade e voltará a lecionar.

Elogios e compreensão

“Outra coisa não era de esperar de António José Seguro”, comentou Álvaro Beleza, citado pela Lusa.

O ‘braço direito’ do líder demissionário frisou que “António José Seguro ainda terá muito a dar ao PS e a Portugal”, tanto mais que “é ainda um jovem na política portuguesa”, salvaguardando a “atitude própria de uma pessoa digna e honrada” em deixar os holofotes para António Costa.

Para a presidente do PS, é uma decisão tomada com base na “ponderação pessoal”, pelo que resta aceitar e compreender.

“É uma decisão que merece ser respeitada”, afirmou Maria de Belém: “vem na linha das últimas decisões que o dr. António José Seguro entendeu tomar”.

Também o novo líder da bancada parlamentar, Ferro Rodrigues, “compreende” a renúncia ao mandato: “só tenho a dizer que compreendo perfeitamente a situação e que já tive a ocasião de lhe enviar os meus votos de maiores felicidades pessoais nesta nova fase da sua vida”.

Ao sair, Seguro obtém um consenso que poucas vezes terá conseguido no interior do PS: até opositores como Jorge Lacão afirmaram respeitar a decisão, enquanto Vitalino Canas, um dos mais mediáticos apoiantes de António Costa nas primárias, se apressou a esclarecer que o autarca de Lisboa não teve qualquer influência na renúncia ao mandato.

Redação

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