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Ex-chefe da PJ defende reabertura do processo para averiguar se Guedes é o estripador

policia_judiciariaO ex-chefe da equipa da Polícia Judiciária que liderou a investigação no caso do ‘estripador de Lisboa’, a partir de 1993, mantém reservas sobre a real autoria dos crimes, por parte de José Pedro Guedes. Agora reformado, João Sousa defende que “o Ministério Público deveria levantar um processo e fazer reconstituições”. A equipa de investigação poderia assim provar se Guedes é mesmo o autor dos crimes que retiraram a vida a três prostitutas em 1992 e 1993.

“Se ele indicar os locais e nos fornecer os pormenores do crime, que só nós conhecemos, de certeza que foi ele. Há pormenores que só a investigação e o autor dos crimes conhecem”, afirma à SIC João Sousa, ex-chefe da PJ, atualmente reformado.

“O Ministério Público deveria levantar um processo e fazer reconstituições”, acrescenta João Sousa, que considera que, deste modo, seria possível perceber se realmente foi detido o ‘estripador de Lisboa’.

Mas da parte do Ministério Público surge um “não”. Em declarações ao mesmo canal, Francisca Van Dunem, procuradora-Geral Distrital de Lisboa, refere que “não faz sentido reabrir o processo, porque o processo criminal existe para a descoberta e punição do autor”.

Desse modo, alega Van Dunem à SIC, uma vez que “não está em causa a punição, não faz sentido utilizar o aparelho regressivo do Estado, apenas para fazer a confirmação possível da autoria de determinado crime”.

Os inquéritos que estão arquivados são destruídos depois da prescrição. Esse poderá já ter sido o destino de todos os dados da investigação feita pela PJ, à data dos crimes de 1992 e 1993.

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