Desporto

Ex-árbitro Duarte Gomes fala do “famoso kit Eusébio”

O antigo árbitro internacional Duarte Gomes pronunciou-se publicamente sobre o “famoso kit Eusébio”, depois de uma reportagem da TVI ter ‘ressuscitado’ o caso dos ‘vouchers’.

De acordo com essa reportagem, o Ministério Público concluiu que a oferta de refeições a árbitros, assistentes e observadores, com os custos dessas refeições a chegarem aos 600 euros, podem configurar o crime de corrupção desportiva por parte do Benfica.

O Benfica já se defendeu neste caso e comentou a oferta dos ‘vouchers’ dizendo que foi sempre feita “às claras e de forma transparente”.

Duarte Gomes, agora comentador, assumiu que recebeu do Benfica o Kit Eusébio e, como árbitro, nunca entendeu que tal pudesse ser interpretado como uma forma de corrupção.

“Não tinha nenhuma nota adicional a pedir algo em troca. A camisola que o Sporting um dia me ofereceu (com o meu nome nas costas) ou a que recebi do FC Porto, numa final da Taça de Portugal, também não”, salientou o ex-árbitro, num artigo de opinião publicado pelo jornal A Bola.

Para Duarte Gomes, “seria de doidos pensar que alguém se venderia por uma peça de roupa ou por um repasto bem aviado”.

“O que realmente me irrita, no meio disto tudo, são os tiros nos pés dados pela minha ‘malta’. Mais concretamente, o facto de meia dúzia de árbitros, árbitros assistentes e afins não terem resistido à tentação provinciana de comer de borla, como se não ganhassem o suficiente para irem ao mesmo restaurante (ou a outro qualquer) e pagar a conta do seu bolso”, criticou.

“Aproveitar uma oferta de cortesia para encher a barriga sem gastar um cêntimo é”, para o antigo árbitro internacional, “o expoente máximo da falta de sensatez”, um “abuso puro” que demonstra como “há, por aí, gente sem dois dedos de testa, capaz de se deslumbrar por tudo e por nada”.

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