Ministério Público (MP) já terá na sua posse os dados sobre o acidente em Évora, provocado por um cavalo à solta na estrada nacional 114, e que provocou quatro mortos, no dia de Natal. O jornal Público adianta que a PSP enviou as informações nesta sexta-feira.

O acidente que provocou quatro mortos e envolveu dois carros e um cavalo vai ser investigado pelo MP, adianta o jornal Público, que revela que a Polícia de Segurança Pública enviou as informações para aquela instância.

O choque deu-se quando um cavalo atravessou a Estrada Nacional 114, perto de São José da Peramanca, a três quilómetros de Évora. Numa zona de boa visibilidade, o carro colheu o cavalo e viria a embater noutra viatura.

Também o animal morreu neste acidente, sendo que o proprietário ainda não foi identificado. O jornal Público revela que, apesar de ter o microchip obrigatório, o animal “não está associado a ninguém”, nem sequer identifica “qualquer proprietário”.

E este será o passo seguinte da investigação, já que o Ministério Público pretende saber quem é o dono do cavalo e por que motivo o cavalo estava numa estrada nacional.

Ontem, registou-se a quarta vítima mortal do acidente: uma criança de 5 anos que estava internada no Hospital Santa Maria, em Lisboa.

Já se tinham contabilizado os óbitos de três pessoas, com 46 e 52 anos de idade, passageiros do carro que colidiu com o cavalo e se despistou em Évora. No outro veículo seguia uma pessoa com 83 anos, que também perdeu a vida.

Além das quatro vítimas mortais, há ainda um ferido que, segundo a Lusa, permanece “estável”, internado naquele hospital. Trata-se de uma outra criança, com 14 anos.

Segundo adiantou fonte do Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Évora, o alerta foi dado às 20h55 de terça-feira. Os feridos foram encaminhados para o hospital de Évora – posteriormente transferidos para o Hospital Santa Maria.

A PSP já cumpriu todas as diligências, sendo que encaminhou o caso para o Ministério Público, o que poderá dar origem a um processo.

Segundo adianta o Jornal de Notícias, o dono do cavalo “poderá ser acusado de homicídio por negligência”. Aquele diário cita um advogado que analisou o caso.