Uma mulher holandesa que padecia do mal de Alzheimer morreu de forma assistida, na Holanda, o que constitui o primeiro caso desta prática num doente com problemas mentais.
Segundo revela à AFP Walburg de Jong, porta-voz da Associação Holandesa por um Final Voluntário da Vida, esta mulher enfrentava a doença “há muitos anos” e desde o início da demência manifestou o desejo de morrer.
A morte ocorreu em março, mas continua a ser investigada, por ter gerado controvérsia, mesmo num país que permite a eutanásia. Segundo a lei holandesa, um doente poderá ser alvo desta prática, desde que esteja na posse das suas faculdades mentais e sofra de doença grave, incurável e que provoque sofrimento.
Walburg de Jong garante que a mulher, no início da demência, manifestou o desejo de morrer. Por outro lado, estava já numa fase avançada da doença de Alzheimer.
A questão da eutanásia mistura ética, medicina, sociedade e Direito. Em todo o mundo, tem sido alvo de múltiplas discussões, devido a visões contraditórias, entre quem defenda a prática da eutanásia e quem considera que ninguém tem legitimidade para provocar a morte a terceiros, mesmo que a pedido destes.
O primeiro país do mundo a legalizar a eutanásia foi precisamente a Holanda, no dia 1 de abril de 2002. O processo é complicado e trespassa diversas comissões, que têm a missão de avaliar o caso sob diversas perspetivas, com o cumprimento da lei como base.
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