Uma petição que defende a despenalização da eutanásia vai ser entregue, no Parlamento, no próximo dia 26. De acordo com João Semedo, um dos promotores da iniciativa, mais de 8000 cidadãos já subscreveram o documento que apela a um novo enquadramento legal da morte assistida.

A eutanásia vai ser discutida em plenário da Assembleia da República, depois de uma petição popular ter reunido as assinaturas necessárias para obrigar o Parlamento a debater o assunto.

A petição, que tem como um dos promotores João Semedo, já recolheu mais de 8000 assinaturas, ainda de acordo com a informação avançada pelo deputado bloquista.

O documento vai ser entregue a Ferro Rodrigues, o presidente da Assembleia da República, pelas 15h00 do próximo dia 26 de abril.

Os subscritores manifestam-se “unidos na valorização privilegiada do direito à Liberdade”, neste caso a liberdade de um paciente incurável em fase terminal poder optar pela eutanásia, ou seja, a antecipação informada e consciente da morte.

“Defendemos, por isso, a despenalização e regulamentação da Morte Assistida como uma expressão concreta dos direitos individuais à autonomia, à liberdade religiosa e à liberdade de convicção e consciência, direitos inscritos na Constituição”, refere o texto da petição.

A iniciativa conta com o apoio de políticos, como a deputada social-democrata e ex-ministra Paula Teixeira da Cruz, cientistas (como Sobrinho Simões), artistas (como Sérgio Godinho) e outras personalidades (como o apresentador Manuel Luís Goucha).