O ministro da Saúde admitiu publicamente que é contra a eutanásia e deixou a garantia de que essa opção pessoal não terá interferência na decisão política.
Em entrevista conjunta à Renascença e ao Público, o governante confessou que, “por questões de consciência, individuais e pessoais”, é contra a legalização da morte assistida.
“Mas não confundo o plano político com o plano de obrigação de ministro, de membro do Governo e, naturalmente, de fazer cumprir uma lei que decorrer da opção soberana da Assembleia da República”, frisou.
“Creio que a posição pessoal não é relevante para o debate político, uma vez que eu, enquanto médico e enquanto ministro, tenho que manter o necessário distanciamento em relação a essa questão”, reforçou Adalberto Campos Fernandes.
O ministro recebeu “informalmente” o projeto da eutanásia que os deputados socialistas vão apresentar, tendo recusado comentá-lo por causa da “posição enquanto membro do Governo”.
“Temos relações pessoais, relações políticas, mas o ministro não tem que se meter numa matéria que é da competência do Parlamento”, complementou.
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