Presidente do Eurogrupo surpreendido com falta de consenso sobre medidas do PEC 4. “Documento foi apresentado ao Conselho Europeu e está aprovado”, diz. Segundo Jean-Claude Juncker, Governo comprometeu-se a tomar as medidas que agora admite negociar.
Jean-Claude Juncker, presidente do Eurogrupo, afirma que o Governo português assumiu um compromisso perante diversas instituições europeias, apresentando as medidas do Plano de Estabilidade e Crescimento, soluções essas que foram “aprovadas”.
Na mais recente “reunião do Conselho Europeu”, o PEC 4 foi “apresentado” e mereceu a aceitação deste órgão, que partiu do princípio de que o plano de austeridade não seria alvo de alterações. E por isso Juncker está surpreendido com a divergência de posições dos partidos.
“As medidas foram apresentadas e aprovadas pelos responsáveis do Conselho, além de terem merecido o aval da Comissão Europeia e do Banco Central Europeu Não encontro motivos para o alterar”, afirmou o presidente do Eurogrupo, numa conferência de imprensa conjunta com o comissário dos assuntos económicos, Olli Rehn.
Estas palavras colocam em causa a postura do executivo de José Sócrates, que se disponibilizou para “discutir com o PSD as propostas do PEC 4”, de forma a evitar uma crise política. Segundo Juncker, o documento não estaria sujeito a alterações.
Portugal tem de apresentar formalmente o documento até 30 de abril. Se é certo que o Governo de Sócrates foi elogiado pelo pacote de medidas que adotou, não é menos verdade que há dois discursos contraditórios: o de Sócrates e o de Juncker.
