Após anunciar o futuro abandono do Parlamento Europeu, Marinho e Pinto deixa o MPT sem anúncio prévio e anuncia que vai fundar um partido novo. O objetivo do ex-bastonário dos advogados é fundar um movimento que possa concorrer às próximas eleições legislativas.

Marinho e Pinho, que anunciou que vai abandonar o Parlamento Europeu no próximo ano, deixou o Movimento Partido da Terra (pelo qual foi eleito para Estrasburgo) sem anúncio prévio e anuncia, em declarações ao jornal I, que pretende fundar um partido novo.

Sem se alongar nos detalhes, o antigo bastonário da Ordem dos Advogados prometeu que a apresentação pública da futura força política “será feita no final da próxima semana ou na seguinte”.

Um anúncio que coincide com uma saída não anunciada do MPT, cujos dirigentes souberam da decisão pelo diário.

“Infelizmente, não sei o que se passa. Não tinha conhecimento da sua saída”, admitiu José Inácio Faria.

Citado pelo Observador, o segundo eurodeputado do MPT revelou que há “algumas semanas” que não tinha conhecimento da atividade de Marinho e Pinto, o qual faltou, hoje, à cerimónia de adesão do MPT no grupo Aliança dos Liberais e Democratas pela Europa.

De acordo com o I, Marinho e Pinto será a principal figura de entre “um conjunto de personalidades está neste momento a ultimar os requisitos necessários para fundar a nova força política”.

O objetivo do movimento passa por inscrever-se a tempo de se apresentar nas próximas eleições legislativas, a realizar no final de 2015.

Marinho e Pinto já anunciara que no próximo ano vai deixar o Parlamento Europeu porque “os problemas nacionais são mais graves que os europeus”, complementando: “tenciono candidatar-me à Assembleia da República, onde faço mais falta para resolver os problemas políticos dos portugueses”.

Na mesma entrevista, o eurodeputado não descartou a hipótese de, em 2016, concorrer a outra eleição: “isto sem prejuízo de, depois, poder candidatar-me às presidenciais”.