O Departamento do Tesouro norte-americano pediu à China que evite a contínua desvalorização da sua moeda, mantendo o gigante asiática na lista de economias que merecem atenção por más práticas de câmbio.
No relatório, divulgado terça-feira, intitulado “Políticas macroeconómicas e cambiais dos principais parceiros comerciais dos EUA”, o Tesouro norte-americano apontou que continua a ter “preocupações significativas” sobre as práticas monetárias chinesas, particularmente à luz do “desalinhamento e desvalorização ” do renminbi (nome oficial do yuan, a moeda nacional chinesa) em relação ao dólar.
“A China deve fazer um esforço conjunto para melhorar a transparência das suas operações e taxas de câmbio”, lê-se no documento.
A moeda chinesa desvalorizou 8 por cento em relação ao dólar, no ano passado, representando um superavit comercial bilateral “extremamente grande e crescente” que, segundo o documento, cifrou-se 419.000 milhões de dólares em 2018.
O Departamento do Tesouro indicou que continua “a pedir à China que tome as medidas necessárias para evitar uma moeda persistentemente fraca” e observou que o gigante asiático “precisa atacar agressivamente as forças que distorcem o mercado”, mencionando os subsídios dados às empresas chinesas.
Uma melhoraria nos “fundamentos económicos e na configuração das políticas estruturais” significaria uma moeda chinesa mais forte “e ajudaria a reduzir o superavit comercial da China com os Estados Unidos”, lê-se no relatório.
Os Estados Unidos e a China estão envolvidos num impasse negocial à volta de uma guerra comercial que dura há mais de um ano e que tem provocado a imposição de tarifas aduaneiras a milhares de milhões de dólares em importações de produtos entre os dois países.
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