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EUA em risco de “falência desastrosa”

A reunião decisiva que juntou em Washington o presidente norte-americano, Barack Obama, e os líderes republicanos, culminou num impasse. Em cima da mesa estava o acordo para aumentar o limite da dívida do país. A imprensa americana fala já num cenário “potencialmente catastrófico”.

“Infantil”. Foi desta forma que o presidente Obama se dirigiu a Eric Cantor, congressista republicano, no final do encontro que juntou os dois partidos, e que tinha como objetivo chegar a um acordo relativamente ao aumento do limite da dívida norte-americana.

Segundo fontes do Partido Democrata, Eric Cantor “interrompeu grosseiramente o presidente em três ocasiões para defender o aumento do limite da dívida a curto prazo”, acabando por se gerar um clima de desentendimento entre os dois partidos.

Ao mesmo tempo que decorriam as negociações, a agência financeira Moody´s alertava os mercados para um possível incumprimento, colocando sob vigilância a nota da dívida norte-americana e com previsão de futuros cortes na avaliação financeira do país, caso não se chegasse a um acordo entre democratas e republicanos.

O Departamento do Tesouro considerou mesmo a atitude da Moody’s como uma “lembrança oportuna” da necessidade do Congresso reagir rapidamente.

Com o final da reunião de ontem a culminar num impasse e com as dúvidas manifestadas pela Moody´s, a imprensa norte-americana fala já hoje numa possível “calamidade financeira”, que pode pôr em causa a sustentabilidade das finanças do país e, consequentemente, fragilizar ainda mais a já débil situação da economia mundial.

O Washington Post refere um cenário “potencialmente catastrófico”, o Los Angeles Times fala em “falência desastrosa” e o New York Times num “aumento preocupante da escalada de tensão” entre Obama e os republicanos.

Os prazos para se chegar a um desfecho são cada vez mais curtos e os próximos dias são considerados decisivos.

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