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EUA ameaça responder a expulsões de diplomatas por parte da Rússia

As expulsões dos diplomatas norte–americanos pela Federação Russa são “injustificadas” e os EUA reservam–se o direito de responder, afirmou hoje a porta–voz do Departamento de Estado, Heather Nauert.

A Federação Russa anunciou hoje a expulsão de 60 diplomatas dos EUA, depois de os EUA o terem feito ao mesmo número de “espiões russos”.

Se se acrescentarem as medidas similares tomadas pelo Reino Unido, pela maioria dos Estados membros da União Europeia, bem como pela Ucrânia, Canadá e Austrália, já somam quase 230 os diplomatas que devem ser expulsos em consequência do caso do envenenamento no Reino Unido do ex-espião russo Serguei Skripal.

“Não há qualquer justificação para a reação russa”, destacou, durante um encontro com jornalistas. “Reservamo-nos o direito de responder”, continuou, acrescentando que “as opções estão a ser examinadas”.

Estimou ainda que Moscovo tinha “decidido isolar-se ainda mais”, ao expulsar os diplomatas norte-americanos e encerrar o consulado dos EUA em São Petersburgo, depois de medidas idênticas tomadas por Washington.

Até agora, a Federação Russa anunciou a expulsão de 83 diplomatas ocidentais, aqueles norte-americanos mais 23 britânicos, já expulsos.

“Quanto aos outros países, (a resposta de Moscovo) vai ser idêntica no que respeita ao número de pessoas que vão ter de abandonar a Rússia”, disse hoje o ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Serguei Lavrov.

Antes, os EUA e 18 Estados da União Europeia, além de outros Estados ocidentais, anunciaram, desde segunda-feira, 122 expulsões.

Com os 23 russos já expulsos pelo Reino Unido, em 20 de março, são 145 os diplomatas russos que foram objeto de expulsão.

A estes, têm ainda de se acrescentar os sete membros da representação russa na sede da NATO, em Bruxelas, aos quais a Aliança Atlântica anunciou hoje ir retirar a acreditação.

O presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, indicou que “medidas suplementares, incluindo novas expulsões, não estavam excluídas nos próximos dias e próximas semanas”.

O secretário-geral da Organização das Nações Unidas, António Guterres, inquietou-se hoje por a tensão atual entre os EUA e a Federação Russa começar a assemelhar-se com a da Guerra Fria.

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