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“Eu, polícia, é que vou ser preso? Tomo uma atitude e sou despedido? Hoje, isto está assim, deixa andar”, diz Jesus

A atuação das forças da autoridade no episódio que envolveu um repórter de imagem da TVI e um empresário de futebol tem dominado a agenda mediática não apenas no desporto mas também na política já com várias declarações conhecidas por parte de responsáveis partidários e do Governo.

O comportamento dos militares da GNR no local está a ser alvo de uma investigação interna, como adiantou o comando da GNR que espera ter, em breve, conclusões.

Jorge Jesus, treinador do Benfica, usou a conferência de imprensa de lançamento do jogo frente ao Tondela para falar sobre uma realidade que vai para além do futebol.

O técnico das águias disse que, se fosse um elemento das forças da ordem, em situação idêntica, porventura, também pensaria duas vezes antes de atuar.

“Isto é tudo um princípio daquilo que eu penso da sociedade para além do futebol, o mundo. As pessoas que têm de tomar decisões estão a perder autoridade”, afirmou Jorge Jesus, respondendo a uma questão sobre a atuação da GNR.

“Você falou-me da polícia. Hoje, em qualquer coisa que aconteça se eu for polícia deixo as coisas acontecer. Porquê? Eu, polícia, é que vou ser preso? Tomo atitude e sou despedido? Hoje isto está assim, deixa andar, deixa andar”, comentou Jorge Jesus.

Recentemente, Rui Rio, líder da oposição, afirmou que “se o relato da TVI é rigoroso, então, a inação dos elementos da GNR é intolerável”.

Até ao momento, o Ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, que tutela a GNR, ainda não tomou qualquer posição pública sobre o que aconteceu em Moreira de Cónegos.

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