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“Eu jamais teria tolerado que um primeiro-ministro lançasse a minha recandidatura”

A candidata à Presidência da República Ana Gomes critica Marcelo Rebelo de Sousa, pela reação do chefe de Estado à declaração de António Costa, na Autoeuropa.

Em entrevista à RTP, a antiga eurodeputada socialista enviou um recado a Marcelo Rebelo Sousa e a António Costa, recordando o episódio n Autoeuropa, quando o primeiro-ministro falou de um terceiro mandato de Marcelo, ‘anunciando’ uma recandidatura que se adivinha, com o visado ao lado.

“Tenho uma boa data, simbólica, a propor para fazermos uma terceira visita em conjunto e para partilharmos uma refeição com os colaboradores da Autoeuropa: a terceira data é no primeiro ano do próximo mandato do senhor Presidente da República”, disse António Costa, no passado mês de março.

Ana Gomes recordou esse momento, para tecer críticas à forma como Marcelo Rebelo de Sousa reagiu – ou ao facto de não se ter demarcado dessa declaração.

“Eu jamais teria tolerado, com um sorriso cúmplice, que um primeiro-ministro lançasse a minha recandidatura”, disse a antiga eurodeputada, que acaba de anunciar a candidatura a Belém.

Na corrida a Belém, Ana Gomes deverá ter a concorrência de Marcelo, que ainda não confirmou, porém, a sua candidatura.

Mas num momento de “tremendos desafios”, Ana Gomes lamenta que, em pleno exercício das suas funções, Marcelo Rebelo de Sousa opte por uma abordagem diferente nas suas aparições públicas.

“Vemos o Presidente da República a falar das questões do superficial e não dos interesses estratégicos do país, que importa identificar”, lamenta.

Ativista contra a corrupção, Ana Gomes explicou na entrevista a Vítor Gonçalves que, para si, corrupção é “desviar dinheiro dos hospitais, da escola pública, das forças armadas”.

Ana Gomes revela que avança para a corrida à Presidência da República por sentir a necessidade de participar no debate político, mas também com a ambição de vencer.

E nesta entrevista abordou temas da atualidade, que também visam o primeiro-ministro – o facto de fazer parte da comissão de honra da recandidatura de Luís Filipe Vieira à presidência do Benfica.

A antiga eurodeputada sustenta que, para si, as eleições para a Presidência da República têm maior importância que outro tipo de eleições.

“As eleições para um órgão como a Presidência da República não podem ser desprezadas e colocadas atrás de umas eleições para um clube de futebol. Um grande partido como o PS não pode furtar-se ao debate para o país”, disse.

A antiga eurodeputada socialista confirmou também que nota na sociedade portuguesa a necessidade de se reverem padrões.

“O sentimento da maioria dos portugueses é que há uma perversão do sentido do serviço público”, afirmou.

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