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Estudo revela que um terço dos portugueses adultos é inativo fisicamente

Não praticar qualquer tipo de atividade física é um grande risco para a saúde. No entanto, um terço dos adultos portugueses é sedentário. Deste modo, há maior risco de sofrer de diabetes, depressão ou doenças do foro cardiovascular.

Estes dados foram concedidos à agência Lusa pelo coordenador do Programa Nacional para a Promoção da Atividade Física, Pedro Teixeira.

“Hoje em dia já temos dados de vários inquéritos realizados a nível europeu e nacional, que nos permitem dar uma ideia da prática da atividade física e de quantas pessoas são fisicamente ativas em Portugal”, afirmou, acrescentando que “apenas cerca de 20 por cento da população adulta cumpre com as recomendações internacionais para a prática da atividade desportiva”. O que, para o especialista, “é um número muito baixo”.

Pedro Teixeira, docente na Faculdade de Motricidade Humana, faz uma separação: “Se considerarmos toda a atividade física que as pessoas fazem – o tempo que percorrem a caminhar durante o dia, as atividades na ocupação laboral, nos transportes ou domésticas – podemos ter um número sensivelmente mais baixo” de pessoas inativas.

“Dois terços da população poderão ser ativos, mas não suficientemente ativos. Há, depois, um outro terço de pessoas (entre 25 a 30 por cento), que sabemos serem mesmo inativos fisicamente e que não cumprem qualquer tipo de recomendação. Uma pessoa fisicamente inativa é uma pessoa que nem faz desporto nem exercício físico regularmente e tem um padrão de vida sedentário”, explicou.

Estas pessoas sedentárias “passam muito tempo sentadas: em casa, no seu tempo livre, no seu local de trabalho e nas suas deslocações diárias usam meios motorizados, que não despendem qualquer energia”.

Para Pedro Teixeira, as recomendações para os adultos situam-se em 150 minutos de atividade física moderada ou vigorosa. São ainda recomendadas alguns hábitos que podem combater o sedentarismo, como pequenas pausas no local de trabalho, optar por percursos mais longos em pequenas tarefas e as escadas em detrimento do elevador.

“Podemos ser criativos: em muitas empresas tecnológicas é muito frequente a realização de ‘walking meetings’ [encontros em movimento] que decorrem num parque à volta de um edifício. Nos auditórios ou salas de aulas, podemos ter salas progressivamente adaptadas para que as pessoas possam deambular, estar em pé ou sentadas”, finaliza.

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