Economia

Estudo: Decathlon é a única loja de desporto que se preocupa com os direitos laborais

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Um estudo levado a cabo pela Deco concluiu que a Decathlon é a única loja de desporto a operar em Portugal que mostra preocupação pelos direitos laborais nas fabricas de produção asiáticas. No estudo entraram a Decathlon, Sports Direct e a cadeia portuguesa, Spot Zone, que mostrou um total desinteresse em colaborar no estudo.

No estudo da Deco foram analisados vários fatores e o que as respetivas marcas faziam para prevenir más condições de trabalho nas fábricas. Segundo este estudo, a Decathlon é a única cadeia de desporto a mostrar interesse pelos direitos laborais, impondo algumas regras às fabricantes asiáticas e monitorizando o cumprimento das mesmas.

A Sports Direct também mostrou alguma preocupação com os direitos dos trabalhadores, no entanto, e segundo o estudo, a empresa não monitoriza o cumprimento das mesmas, deixando os trabalhadores entregues à sua sorte. Já a Sport Zone mostrou uma ‘opacidade total’ com o estudo, segundo a Deco, não se mostrando disponível para colaborar.

“O estudo indica que a Decathlon aplica os oito princípios da Organização Internacional do Trabalho aos fornecedores e realiza auditorias para verificar o seu cumprimento, podendo, se for o caso, rescindir contratos se as regras não forem cumpridas. Para além disso, a Decathlon proíbe os fornecedores de contratarem outros sem o declararem e exige o pagamento de um salário mínimo que garanta uma vida digna aos trabalhadores.”

A Sports Direct também exige aos fornecedores um código de ética, desenvolvido pela própria. No entanto, a marca não procura corrigir eventuais anomalias ao não cumprimento dessas regras. A Sport Zone, por seu turno, não respondeu ao questionário e não deu qualquer informação sobre a atuação da empresa na proteção dos direitos dos trabalhadores.

O estudo da Deco, publicado na Proteste de julho/agosto, indica que os preços baixos que encontramos nestas lojas de desporto são fruto de salários baixos, más condições de trabalho e horas-extra, muitas, não remuneradas.

O estudo mostra mesmo, que nos países onde são produzidos os artigos de desporto para estas três cadeias: China, Bangladesh, Índia, Camboja, Indonésia, Sri Lanka e Malásia as pessoas recebem apenas 19 por cento do que seria necessário para sobreviver, mostrando que o salário mínimo não cobre as necessidades básicas.

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