Um estudo associa o hábito de comer tomate a uma redução do risco de sofrer um acidente vascular cerebral (AVC). Aquele fruto é rico em licopénio, antioxidante que dá cor ao tomate e que traz benefícios para a circulação sanguínea. A pesquisa durou 12 anos, acompanhou 1031 homens e revelou uma redução de riscos para cerca de metade.
O tomate contém uma substância que reduz os riscos de sofrer um AVC, de acordo com um estudo norte-americano, publicado ontem na revista Neurology. O trabalho, da autoria da Academia Norte-Americana de Neurologia, conclui que quanto maiores forem as taxas de licopénio presentes no organismo, menores são as probabilidades de sofrer um acidente vascular cerebral.
Este efeito do licopénio – que dá a cor vermelha do tomate – tem como causa o facto de se tratar de um antioxidante muito poderoso. O estudo, publicado nos EUA, aponta uma redução dos riscos de AVC nas pessoas que comeram mais tomate – logo, que apresentam maiores taxas de licopénio no seu sangue.
De acordo com a AFP, os investigadores da Academia Norte-Americana de Neurologia acompanharam, para a realização deste estudo, 1031 homens, na Finlândia, que tinham idades compreendidas entre os 46 e os 65 anos. Ao longo de 12 anos, a dieta destes homens foi induzida.
Passado aquele período, os investigadores avaliaram a taxa de licopénio (que fora também medida no início do estudo). Os homens com taxas superiores deste antioxidante apresentaram menos episódios de AVC.
Num grupo de homens com fracos níveis de licopénio, contaram-se 11 AVC. Já nos casos em que os níveis daquele antioxidante eram superiores, o número foi também maior: 25 AVC, o que representa mais do dobro.
Neste trabalho, que permitiu conclusões surpreendentes, os investigadores tiveram em consideração os casos de acidente vascular cerebral que foram provocados por coágulos e não por hemorragias.
Segundo realça a investigadora Jouni Karppi, da Universidade da Finlândia, este estudo “confirma os benefícios de um regime alimentar rico em fruta e legumes na redução do risco de um acidente vascular cerebral.
No entanto, os cientistas alertam para a necessidade de aprofundar este estudo, que não teve em consideração outros fatores relativos à dieta, que podem ter consequências para a saúde, provocando AVC.
