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Estripador guardava quatro facas com vestígios de mulher, diz inspetor da PJ em tribunal

acidenteInspetor da Polícia Judiciária (PJ) de Aveiro, José Bento, revela em tribunal que José Guedes, o ‘estripador de Lisboa’, guardava em casa quatro facas, numa gaveta, sendo que uma dessas facas teria vestígios de uma mulher. De acordo com o Sol, a mulher e a filha do arguido recusaram-se a fazer exames periciais para verificar se esses vestígios lhes pertenceriam. O suspeito, que está a ser julgado no Tribunal de Aveiro, foi considerado “agressivo” pelos amigos.

José Guedes, conhecido como ‘o estripador de Lisboa’, acusado da morte de Filipa de Melo Ferreira, de 18 anos, no dia 16 de janeiro de 2000 (na freguesia de Cacia, em Aveiro), teria numa das gavetas da sua casa quatro facas, com vestígios de uma mulher.

Segundo noticia o Sol, um inspetor da PJ afirmou no tribunal de Aveiro, durante o julgamento de José Guedes, que a Judiciária apreendeu essas facas, em Matosinhos, na residência do suspeito.

José Bento, o inspetor da PJ de Aveiro, revelou que “uma das facas tinha um vestígio feminino incompleto”, sendo que não foi possível determinar mais pormenores sobre esse indício. No entanto, depois de apreendidas as facas, quer a mulher, quer a filha do acusado se recusaram a fazer exames para verificar se os vestígios biológicos lhes pertenceriam.

A PJ recolheu as facas na casa de José Guedes, localizada no Bairro da Biquinha, em Matosinhos. Na mesma residência estava ainda um afiador de facas e também uma tesoura. Também na tesoura o Laboratório de Polícia Científica detetou vestígios femininos.

Dada a impossibilidade de esclarecer se esses vestígios femininos pertencerem ao alegado ‘estripador de Lisboa’, adensam-se as dúvidas, que ficam sem esclarecimento por prova científica.

A defesa alega que José Guedes esteve sempre disponível para participar nas investigações. A estratégia da advogada do suspeito passa por uma avaliação psiquiátrica. Em tribunal, um dos amigos de infância do estripador classificou Guedes como “agressivo”.

José Guedes, suspeito de ser o ‘estripador de Lisboa’, é acusado de homicídio qualificado. O Ministério Público, recorde-se, solicitou um julgamento com tribunal de júri, para agravar a pena, em caso de condenação.

De acordo com o despacho de acusação, José Guedes abordou a vítima, em Aveiro, entre 13 e 16 de janeiro, com a intenção de relação paga, sendo que o estripador e a rapariga se dirigiram para uma casa em construção.

O mesmo despacho refere que o acusado matou a mulher, com diversos golpes na cabeça, apertando-lhe o pescoço. Depois do crime, abandonou o corpo da vítima no local, sem roupa da cintura para baixo.

José Guedes assumiu que era o ‘estripador de Lisboa’, autor de três crimes violentos praticados a igual número de mulheres, praticados entre 1992 e 1993. Mais tarde, negou esse depoimento.

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