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Estripador de Lisboa: “Aldrabices” e confissões “sem credibilidade”, diz inspetor da PJ

presoAs confissões do alegado estripador de Lisboa, José Guedes, que garante ter cometido crimes violentos sobre prostitutas, são descredibilizadas pelo inspetor da Polícia Judiciária (PJ) que coordenou a investigação de um crime, em 1993. “Só diz aldrabices e não merece qualquer crédito”, referiu, ao jornal i.

O inspetor responsável pela investigação de um dos crimes de que o intitulado ‘estripador de Lisboa’ reclama autoria fala em “aldrabices” e retira toda a credibilidade à confissão feita por José Guedes, no vídeo em que conversa com a jornalista Felícia Cabrita.

Segundo defende ao jornal i o inspetor da PJ Alexandre Simas, que em 1993 foi responsável pela análise ao local onde uma prostituta foi assassinada, em Póvoa de Santo Adrião, “os relatos feitos nos jornais não têm credibilidade” e tudo não passa de uma falsa confissão.

José Guedes assumiu que era o estripador de Lisboa, autor de três crimes violentos praticados a igual número de mulheres, praticados entre 1992 e 1993. O suspeito, de 46 anos, está em prisão preventiva, desde novembro, por outro crime praticado em Aveiro, no ano 2000.

José Guedes terá feito também uma confissão por escrito, onde repete que é o autor dos crimes de 1992 e 1993. As autoridades detiveram o homem e o juiz de instrução criminal de Aveiro viu consistência nessa prova, determinando a prisão preventiva.

A história do estripador de Lisboa gerou uma investigação, mas sem que as autoridades detivessem o homem que matou e esventrou três prostitutas, na zona de Odivelas e em Entrecampos. Além do facto de serem prostitutas, as vítimas tinhas outros pontos em comum: eram toxicodependentes e portadoras do vírus HIV.

O caso prescreveu em 2008 e foi arquivado, pelo que o ‘estripador de Lisboa’ apenas responderá pelo crime praticado em 2000. José Guedes terá sido encontrado em Matosinhos, onde residia.

A história do estripador regressou à esfera mediática depois de um homem ter confessado a autoria dos crimes. A PJ nunca assumiu que deteve o autor desses três crimes violentos e disse apenas que Guedes respondia por um outro crime praticado há 11 anos.

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