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Estradas são o exemplo que António Mexia cita “em que se exagerou”

antonio mexiaAntigo ministro das Obras Públicas, António Mexia esteve no Parlamento a admitir que Portugal “exagerou” na construção de estradas. Ouvido na comissão parlamentar de investigação às PPP, o atual presidente EDP confessou ainda que tentou portajar algumas das ex-SCUT.

Portugal exagerou na aposta em infraestruturas, considerou António Mexia, que citou a construção de estradas como um “um caso óbvio em que se exagerou”. Em Assembleia da República, onde foi chamado a pronunciar-se na qualidade de antigo ministro das Obras Públicas (no tempo do Governo de Santana Lopes), o atual presidente da EDP considerou que o problema dos custos nas parcerias público-privadas (PPP) está nos montantes envolvidos nos contratos.

“O problema está em se aquela coisa que eu quero fazer, com ou sem PPP, se justifica, esse é que é o problema de fundo. Para que é que eu quero a coisa? Há muitas coisas que não deveríamos ter querido”, comentou Mexia, ouvido na comissão parlamentar de investigação às PPP.

“As estradas parece-me um caso óbvio em que se exagerou”, defendeu o antigo ministro, reforçando: “se a estrada é pública ou privada é uma questão secundária, a primeira é se a estrada tem valor para o utilizador/contribuinte”.

O responsável político pela única parceria que o Tribunal de Contas considera exemplar, a renegociação da PPP da Fertagus (a travessia ferroviária sobre o Tejo), revelou ainda que tentou portajar algumas das ex-SCUT. “Passei alguns meses difíceis a querer pôr portagens nas SCUT. Chocava-me que houvesse circulares à volta de cidades onde o poder de compra é maior e onde as pessoas podiam pagar e depois não houvesse autoestrada para Bragança porque não havia dinheiro para a pagar e se fosse a pagar era difícil ter tráfego”, explicou Mexia.

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