A estrada nacional 236-1, batizada de Estrada de Morte devido à tragédia de Pedrógão Grande, e o IC8, ameaçado pelo mesmo incêndio, foram limpos no início do mês de junho, afirmou António Laranjo, presidente da Infraestruturas de Portugal (IP), durante a audição no Parlamento.
Garantindo ter registos dessas operações de limpeza em vídeo, o gestor lembrou que a responsabilidade dessas operações compete às empresas concessionárias (a Ascendi, no caso da EN 236-1 e do IC8), cabendo à IP vistoriar essas intervenções.
“Há evidências, quer de vídeo da própria Ascendi, quer naquilo que é a própria vistoria da IP, para verificação das condições contratuais”, garantiu António Laranjo: “Há evidências que elas estavam limpas. E tinham sido limpas no início de junho, mês efetivamente fatídico para aquela zona”.
O gestor da empresa pública assegurou ainda aos deputados que a lei permite a existência de árvores a apenas 50 centímetros da berma de uma estrada: “Se não estiverem a pôr em causa a segurança, não há nenhum plano municipal de defesa da floresta contra incêndios que determine o seu corte”.
Ainda segundo o presidente da IP, as desmatações ou desramações nos 10 metros de faixas de gestão de combustível são feitas mediante os critérios previstos na lei.
Veja a Estrada da Morte, a ‘antiga’ EN 236-1, antes e depois do incêndio de Pedrógão Grande:
https://playbuffer.com/watch_video.php?v=7WW8AKA2DHNK
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