Nas Notícias

“Estávamos no velório e apareceu a polícia para levar o corpo”

A família da mulher cujo velório foi interrompido acaba de prestar declarações, em direto na TVI24, e responsabiliza o Hospital de Santa Maria por uma “situação surreal”.

“Estávamos no velório da minha mãe e apareceram estes senhores da polícia, com uma intimação do Ministério Público, a dizer que tinham de levar o corpo para a autópsia”, começou por afirmar a filha: “Foi-nos dito” no hospital “que não era necessária a autópsia. A polícia disse-nos que o hospital não deu informação ao Ministério Público” sobre o levantamento do corpo.

A indignação pela interrupção do velório foi agravada pela forma como a PSP se preparava para levar o cadáver. “Queriam levar o corpo da minha mãe como se fosse um animal, num saco plástico”, revelou a filha.

“Nós dissemos que não. Se veio num caixão, iria num caixão”, acrescentou: “Já é surreal a situação da polícia vir… Imaginem que a pessoa já tinha sido enterrada, como é que iam fazer?”

“Um dos senhores da PSP disse-nos para irmos ao Instituto de Medicina Legal bem cedo para que antecipem [a autópsia] a tempo do funeral. As minhas irmãs foram a acompanhar o corpo para termos a certeza que ia para lá”, disse ainda esta familiar, garantindo que a mãe “nunca foi autopsiada no Santa Maria porque os médicos disseram que não era necessário”.

O filho também prestou declarações, não acreditando que o funeral ocorra como estava agendado. “Vão ter que esperar pela autorização do Ministério Público para fazer a autópsia”, explicou.

Chegado de propósito de Porto Santo para o velório, o homem, que esperava a chegada do filho e de outros familiares que estão na Suíça, culpa o Santa Maria por toda esta situação: “O erro está no hospital, porque entregou o corpo sem autorização. Queremos saber porquê. O erro é deles, agora estamos aqui feitos parvos”.

Em destaque

Subir