Estas árvores param de crescer por respeito às vizinhas
Cientificamente são chamadas de Dryobalanops aromática, ou, em malaio, simplesmente Kapur. São exclusivas de solos típicos da zona continental da Malásia e na ilha indonésia de Sumatra. Mas o que desperta verdadeiramente a atenção são os padrões que elas formam.
Hoje em dia o mundo parece mais pequeno. Há mais filas, mais barulho, mais casas, mais pessoas. Talvez por isso, a “solução” nos chegue da natureza, num exemplo de respeito e consideração pelo espaço e limites que é ocupado por todos.
Dryobalanops aromatica, ou Kapur, para simplificar. Esta árvore é tradicional dos solos da zona continental da Malásia e da ilha indonésia de Sumatra. Como o “aromática” no seu nome indica, exala um odor a resina muito forte, mas o maior traço característico de que dispõe é a sua “organização”, como mostra a imagem.
Em inglês o fenómeno é conhecido como Crown shyness, o que pode ser traduzido para “copas envergonhadas”. Em tempos classificou-se meramente como um fenómeno físico, explicado pelo facto do contato entre os ramos impedir o seu crescimento, mas atualmente há a dúvida se não serão efetivamente as árvores a comunicar entre si.
A explicação recorre à libertação hormonal das árvores, que leva a Kapur e outras árvores da mesma espécie a sentir a presença umas das outras e a “pararem naturalmente” o seu crescimento.
Devido ao seu lento crescimento, conseguem criar imagens que se parecem autênticas puzzles visto por cima e por baixo delas, num sinal claro de respeito pelo espaço de cada uma.