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“Estão a afirmar um caminho que Soares sempre recusou”, diz Morais Sarmento

O vice-presidente do PSD Morais Sarmento defendeu hoje que os socialistas estão a afirmar “um caminho que Mário Soares sempre recusou”, de “viragem à esquerda”, e que seria melhor um PS “sem dependências, coligações ou prisões”.

Nuno Morais Sarmento assumiu esta posição em declarações aos jornalistas, no final do 22.º Congresso do PS, na Batalha, distrito de Leiria.

“Era melhor que o PS, que prestou homenagem ao seu fundador Mário Soares, mas que neste Congresso afirma um caminho que Mário Soares sempre recusou, era mais importante, porventura, que reafirmasse o seu próprio caminho, como nos habituámos a ver: sem dependências, coligações ou prisões a quaisquer outros partidos”, afirmou.

O dirigente social-democrata acrescentou: “Pelo menos, é assim que sempre nos recordámos do PS, é assim que continuamos a fazer o nosso caminho e que esperamos que o PS também seja capaz de fazer”.

Morais Sarmento considerou que no Congresso da Batalha o PS se dedicou mais a “discutir o futuro do PS do que o futuro de Portugal” e lamentou “a reafirmação de uma viragem à esquerda como sendo uma opção que se deseja repetir por muitos e bons anos”.

No seu entender, essa opção “é, infelizmente, para os portugueses, a garantia de que continuarão a ter um Governo que não é mais do que a soma dos equilíbrios que em cada momento é possível conseguir entre três partidos”.

O vice-presidente do PSD sustentou que a atual solução governativa com apoio parlamentar dos partidos à esquerda do PS torna “impossível contar que por parte deste Governo seja apresentada uma estratégia coerente, sólida e de médio e longo prazo, porque ela tem de ser negociada a cada momento e a cada tema com cada um dos dois partidos que, sem as mesmas ideias”.

Nuno Morais Sarmento estava acompanhado pelo líder parlamentar do PSD, Fernando Negrão, e pela vice-presidente da bancada social-democrata Margarida Mano.

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