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“Estamos na mesma tempestade mas com barcos muito diferentes”, diz Rita Ferro Rodrigues

Rita Ferro Rodrigues apelou à entreajuda numa altura em que é esperado um agravamento das restrições face à evolução dos números da pandemia de covid-19. “Sejam o abraço que falta”, pediu.

Numa publicação no Facebook, a apresentadora e blogger lembrou que “não estamos todos no mesmo barco” para alertar que nem todas as famílias terão “capacidade” para responder a medidas como “o regresso às aulas online”, situação que pode ocorrer com “um professor que acusou positivo” ou “porque há um caso na turma e lá vai tudo para casa”.

“Nem todas as famílias têm capacidade para instalar o teams ou o zoom, em muitas casas não há computadores, noutras existem pais que não conseguem, por vários motivos, acompanhar os filhos ou interpretar as indicações que chegam das escolas ou dos delegados de saúde”, exemplificou.

Com o agravamento dos contágios, que têm escalado de forma consistente, o “isolamento profilático” ganha uma importância acrescida, continuou Rita Ferro Rodrigues.

“Nos próximos tempos, a vida dos pais e dos filhos vai ser – já está a ser para muitas famílias – um sobressalto. Sejamos solidários e pró ativos”, defendeu, sugerindo pequenas iniciativas como a criação de um grupo no WhatsApp ou obter junto dos diretores de turma os contatos de outros encarregados de educação.

“Oferecer ajuda, partilhar competências, ouvir sem julgar, ajudar a instalar a aplicação, esclarecer aquela dúvida, amenizar a angústia. Ouvir. Partilhar”, acrescentou.

“Não, não estamos todos no mesmo barco. Estamos na mesma tempestade mas com barcos e abrigos muito diferentes… e aquilo que podemos fazer uns pelos outros será a melhor ajuda (e o melhor exemplo e lição) que podemos ensinar aos nossos filhos de como é bom viver  em comunidade, de como somos importantes uns para os outros”, frisou a fundadora da plataforma Capazes.

Rita Ferro Rodrigues sublinhou ainda a importância destas medidas para os professores, “que muitas vezes  vão estar assoberbados noutras tarefas”.

São pequenos gestos que podem fazer a diferença numa altura em que as famílias têm de aprender a lidar com a nova realidade provocada pela pandemia.

“Creio que já estará a acontecer em muitas escolas (ainda bem!), mas, se não acontecer na vossa… não fiquem à espera. Sejam vocês o abraço que falta”, finalizou Rita Ferro Rodrigues.

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