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“Estamos a meter nas faculdades demasiados alunos”, alertam os médicos do Norte

Os médicos, sobretudo na região Norte, vão ser confrontados “muito rapidamente” com a ‘oportunidade’ do desemprego. O alerta partiu do presidente da Ordem regional, que não duvida de que em breve “não vai haver lugar para todos no Serviço Nacional de Saúde”.

Estará o país a formar médicos a mais? Miguel Guimarães, presidente da Secção Regional Norte da Ordem dos Médicos, admitiu que “estamos a meter nas faculdades demasiados alunos” e, na véspera de começar a preparar com os sindicatos a greve nacional agendada para julho, não escondeu que “há muitos médicos com dificuldade em ingressar no Serviço Nacional de Saúde” (SNS).

Este excesso de procura vai contribuir para que o desemprego aumente no setor, no entender do dirigente. “Vai existir muito rapidamente”, antecipou Miguel Guimarães, que aponta para a iminente saturação no setor público: “se me pergunta se a curto prazo vão existir médicos a mais e não vai haver lugar para todos os médicos no SNS, eu não tenho dúvidas nenhumas sobre isso”.

A prioridade tem de ser “racionalizar, ou seja, respeitar as capacidades formativas das faculdades”, e posteriormente distribuir os profissionais devidamente habilitados pelas regiões mais carenciadas: “nos sítios onde há falta de médicos, esses lugares devem abrir e os médicos devem entrar normalmente nesses lugares”.

A não existência dessa entrada normal no mercado de trabalho é o principal motivos da convocatória da greve para 21 de julho, agravada pelo concurso que o Ministério da Saúde lançou para prestação de serviços por empresas privadas de trabalho temporário, numa disponibilidade de 2,5 milhões de horas.

“Quando se fala em 2,5 milhões de horas possivelmente a contratar, quer dizer que há falta de médicos pelo menos em alguns locais. Se é preciso pessoas para os hospitais, abram-se os concursos e contratem-se os médicos”, afirmou o presidente da Secção Regional Norte.

Para além da abertura dos concursos para médicos à hora, o Ministério precisa também de abrir “concursos para os hospitais e centros de saúde” e, “mais do que isso, devem também ser abertos os concursos de progressão na carreira médica”, que também tem colocado alguns entraves entre os profissionais e a tutela.

“Era útil que o senhor ministro da Saúde se sentasse à mesa com os sindicatos e definitivamente resolvesse a questão das rendas salariais, mas, sobretudo, a nossa preocupação na Ordem dos Médicos tem a ver com a qualidade dos cuidados de saúde que são oferecidos”, justificou Miguel Guimarães.

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