Categorias: Economia

Estaleiros Navais de Viana do Castelo: Rio Nave promete investir 30 milhões em meio ano

Os Estaleiros Navais de Viana do Castelo estão longe da “plena capacidade de produção”, pelo que o grupo brasileiro Rio Nave promete que, se vencer o concurso público, vai investir 30 milhões de euros em meio ano para renovar as “condições básicas”.

Os Estaleiros Navais de Viana do Castelo (ENVC), que o Governo pretende vender ainda este ano, podem receber uma ‘injeção’ de 30 milhões de euros em apenas meio ano. É o que promete o grupo brasileiro Rio Nave, cujo presidente, Mauro Campos, conhece os estaleiros “há mais de 30 anos” e mantém “a mesma impressão: têm uma mão de obra e capacidade de engenharia bastante atualizada”.

O problema está nas instalações e nos equipamentos, que exigem um investimento “a rondar” os 30 milhões de euros, “num prazo bastante curto”, para renovar a capacidade de laboração: “os ENVC precisam de renovação de todas as suas condições plenas para poderem funcionar. Isso vai exigir recursos, um esforço financeiro importante, para colocar os estaleiros na sua plena capacidade de produção”.

“Em seis meses, imaginamos estar com as condições básicas resolvidas, que permitam aos estaleiros um funcionamento pleno”, antecipou Mauro Campos, citado pela Lusa, assumindo a manutenção dos mais de 600 postos de trabalho atuais: “a minha convicção é a de que, com a força de trabalho existente em Viana do Castelo, seremos capazes de dar atendimento aos primeiros contratos. Eventualmente, com novas encomendas, esse número tenderá a aumentar”.

Esses primeiros contratos passam por “dar sequência” à encomenda de dois navios asfalteiros pela Venezuela e assentam na experiência de um grupo que, no Rio de Janeiro (Brasil), tem estaleiros com 1600 trabalhadores. Porém, a “posição estratégica de Portugal nos assuntos do mar” e a qualidade dos ENVC, “uma infraestrutura de produção bastante adequada à atividade de construção e reparação naval”, justificam a aposta do Rio Nave no lado de cá do Atlântico.

A estrutura de Viana do Castelo poderá servir como complemento, fabricando blocos para serem montados nos estaleiros do Rio de Janeiro, cuja carteira de encomendas “excede” a capacidade instalada. “O objetivo maior é garantir a construção integral [em Viana] e para isso necessitamos de estar à frente dos estaleiros”, sublinhou o presidente do grupo.

Para que tudo isto seja realidade, a Rio Nave terá de ser a melhor concorrente à compra dos 95 por cento do capital dos ENVC que o Governo está a vender. Talvez como último trunfo, Mauro Campos deixou uma promessa: “manterei uma administração portuguesa e vou-me incorporar também na gestão dos estaleiros porque, não sendo português, considero-me sentimentalmente ligado a Portugal. Mas, basicamente, toda a administração será portuguesa”.

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