Economia

“Estado deve pagar os 4000 a 5000 milhões que deve a fornecedores”, diz o PSD

O PSD defendeu hoje que o Estado pague, nas próximas duas semanas, entre 4000 a 5000 milhões de euros de dívidas a fornecedores, e prometeu apresentar em breve mais propostas para atenuar o impacto da covid-19 na economia.

“É uma medida que injeta liquidez imediata nas empresas e não afeta o défice (dado que a despesa que deu origem a essa dívida a fornecedores, em contas nacionais, já foi registada)”, refere um comunicado do PSD, assinado por Joaquim Miranda Sarmento, presidente do Conselho Estratégico Nacional do partido e porta-voz para a área das Finanças públicas.

O PSD refere que decidiu, “em face da urgência da situação”, apresentar já hoje esta ideia, que considera ser “de fácil execução, de elementar justiça e de razoável eficácia”.

“O Estado, a nível central, regional e local, deveria pagar, durante as próximas duas semanas, os cerca de 4000 a 5000 milhões de euros de dívidas a fornecedores”, referem, considerando que a medida é possível usando os depósitos do IGCP (Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública).

Os sociais-democratas estimam que esta ‘almofada financeira’ rondará os 10 a 12 mil milhões de euros e poderia ser reforçada “através de um aumento das emissões de Bilhetes de Tesouro ou através de uma emissão de médio prazo de Obrigações do Tesouro”.

O PSD prometeu ainda apresentar, muito em breve, um conjunto de medidas para “procurar mitigar a crise de liquidez” que diz já afetar os portugueses, e um outro pacote de contributos, entre maio de junho, para um programa de recuperação da economia nacional.

“O PSD entende que pode haver medidas adicionais às que o governo já avançou e que melhoram a situação de liquidez das empresas portuguesas”, refere a nota.

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