Economia

Estado arrecada em impostos mais 929 milhões de euros até fevereiro

O Estado arrecadou mais 929 milhões de euros em impostos nos dois primeiros meses deste ano, face ao mesmo período de 2018, num total de quase 7,7 mil milhões de euros, revela a síntese de execução orçamental publicada hoje.

“Até fevereiro a receita fiscal líquida do subsetor Estado registou um aumento de 928,5 milhões de euros (+13,7 por cento) face ao período homólogo, atingindo quase 7,7 mil milhões de euros”, lê-se na síntese de execução orçamental divulgada hoje pela Direção Geral do Orçamento (DGO).

Esta evolução resultou “fundamentalmente do desempenho do IVA, do ISP e do IRS”, destacando-se também o comportamento dos restantes impostos, com exceção do imposto sobre o tabaco, explica o organismo.

De janeiro a fevereiro, a receita dos impostos diretos aumentou 8,5 por cento, devido ao IRS, cuja receita cresceu 7 por cento, e ao IRC, com um aumento de 33,1 por cento, face ao mesmo período de 2018.

Já a receita dos impostos indiretos subiu 16,6 por cento até fevereiro, face ao período homólogo, com destaque para os aumentos do ISP – Imposto Sobre os Produtos Petrolíferos e Energéticos, de 31,3 por cento, e do IVA – Imposto sobre o Valor Acrescentado, de 17,6 por cento.

Por seu turno, as receitas com o IT – Imposto sobre o Tabaco desceram 7,5 por cento até fevereiro.

A DGO explica que “o comportamento do ISP e do IT esteve largamente influenciado pelo alargamento a 02 de janeiro de 2019 do prazo de pagamento de impostos nas tesourarias de finanças, devido à tolerância de ponto concedida no dia 31 de dezembro de 2018”.

O organismo adianta que esta tolerância de ponto teve impacto na execução dos meses de dezembro de 2018 e janeiro de 2019, salientando que “este efeito não terá, contudo, impacto no apuramento da receita fiscal em contabilidade nacional”, que é aquela que conta para Bruxelas.

Em comunicado, o Ministério das Finanças explica que “a execução dos dois primeiros meses do ano encontra-se influenciada por efeitos que afetam a comparabilidade com 2018, ainda que sem impacto na ótica das contas nacionais”.

O Governo indica, a este nível, o alargamento a janeiro de 2019 do prazo de pagamento de impostos nas tesourarias de finanças, com impacto positivo na receita no valor de 291 milhões de euros, e o pagamento em 2018 de juros de ‘swaps’, “o que implica uma redução em termos homólogos”, no valor de 306 milhões de euros.

O ministério refere também que o “crescimento da receita acompanha o crescimento da atividade económica e do emprego”.

Por sua vez, “os reembolsos relativos à receita fiscal sofreram uma redução de 420,8 milhões de euros, o que resulta, quase na totalidade, do desempenho dos reembolsos de IVA”, explica a DGO.

O Instituto Nacional de Estatística (INE) divulgou na terça-feira que a carga fiscal atingiu 35,4 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2018, o valor mais alto desde pelo menos 1995.

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