“Está na mesa apenas uma corrida de Fórmula 1 em Portugal”, revela Paulo Pinheiro
Paulo Pinheiro, administrador do Autódromo Internacional do Algarve, revela que ainda não há garantias de realização de um Grande Prémio de Fórmula 1 em Portugal, mas confirma que “está na mesa apenas uma corrida”, neste ano.
Paulo Pinheiro, administrador do Autódromo Internacional do Algarve, abordou a possibilidade de Portugal receber um Grande Prémio de Fórmula 1, cenário que se encontra em aberto.
Num direto no Facebook da Eleven Sports, assumiu a vontade de receber uma prova, ainda que tenha admitido que, por agora, nada esteja fechado com a promotora do mundial de Fórmula 1.
O administrador do autódromo de Portimão garante que “não há nada confirmado”, mas que tudo será feito nesse sentido. E estão em curso planeamentos internos, para Portugal estar pronto para esse cenário.
“Temos preferência de uma data o mais tarde possível no calendário de provas europeias, no mês de outubro e não em setembro. A haver Grande Prémio no nosso país teremos todas as provas habituais: F2, F3 e Porsche SuperCup”, realçou.
Sobre a eventualidade de ser apenas uma data para este ano ou para mais anos, Paulo Pinheiro referiu que “o que está na mesa é apenas uma corrida para este ano, unicamente não há nenhuma conversa para corridas em anos posteriores”.
“A nossa intenção é, conseguindo fechar contrato para este ano, que a corrida seja exemplar a todos os níveis e isso nos permita ficar com uma possibilidade em anos vindouros”, realçou.
Mesmo sem confirmação de realização de uma prova em Portugal, Paulo Pinheiro partilhou que há um interesse enorme por parte dos fãs da competição.
“Recebemos hoje quase mil emails do estrangeiro a pedir o link para compra de bilhete, mesmo sem perguntar o preço. É interessante ver que há uma fome enorme de Fórmula 1 em Portugal, tanto de portugueses como de estrangeiros”, destacou.
Sobre as condições do asfalto, Paulo Pinheiro referiu que “não está perfeito”, mas apresenta-se num estado “aceitável”.
“Era inconcebível fazermos uma corrida de Fórmula 1 com o asfalto como está. Temos de pôr asfalto novo, temos de dar tempo para o asfalto curar, para quando eles vierem cá ter grip. Significa que o circuito vai ter de ser utilizado ao longo do mês, antes de uma corrida para que tenha grip, para que esteja liso e para que eventuais pequenas correções que sejam necessárias fazer sejam feitas em tempo útil, porque tem de ser tudo perfeito, senão não vale a pena estarmos a meter-nos nisto”, esclareceu.
Quanto à presença de público, Paulo Pinheiro confidenciou que “quem vai fazer uma prova pela primeira vez, quer ter público”.
“O principal fator é a corrida ter público. Não faço a ideia se será possível, mas estou a trabalhar afincadamente para isso”, revelou.
Paulo Pinheiro assumiu que existem contactos com a Liberty, porque “uma corrida custa normalmente 30 a 35 milhões de euros”.
“Com esses valores é difícil acontecer por cá, por muito bom que o circuito e o País sejam. Não vamos pagar fee”, realçou.
Em forma de conclusão, o administrador do Autódromo Internacional do Algarve garante que “os portugueses podem sonhar” com o regresso da Fórmula 1 a Portugal.
Recorde-se que a pandemia obrigou ao cancelamento ou adiamento de 13 Grandes Prémios, o que levou a organização a redefinir o calendário, com Portimão a ser colocado na rota do ‘grande circo’.