Almada, Queluz, Vila Nova de Gaia: Ranking revela as cidades em que mais se reclama em Portugal
Que os portugueses não resistem a uma boa reclamação de vez em quando, não é novidade — seja por falhas no atendimento ou problemas no trânsito, às vezes, é impossível sair ileso de certas situações que nos tiram do sério no dia a dia.
Agora, que Almada, Queluz e Vila Nova de Gaia são as cidades onde mais se reclama em Portugal, é o que acaba de revelar o novo estudo da Preply, que “mediu” a frequência com que as pessoas se queixam de Norte a Sul do país.
Para compreender a relação dos residentes de diferentes lugares com as reclamações, a plataforma de idiomas pediu, nas últimas semanas, que milhares de inquiridos partilhassem o quanto protestam no seu dia a dia, desde os grupos sociais com quem mais dividem as suas queixas até às situações em que é quase impossível não se transformar num verdadeiro “queixoso”.
Numa escala de 0 a 10, desenvolvida pela especialista para medir a frequência das reclamações em diferentes localidades, os habitantes das cidades em questão alcançaram as pontuações mais elevadas do estudo, garantindo o topo do pódio do ranking dos “reclamões” nacionais. Já os bons exemplos, de acordo com a Preply, encontram-se em Barreiro, Agualva-Cacém e Coimbra — as zonas onde este comportamento é menos frequente comparativamente ao resto do território nacional.
Almada, Queluz e Gaia: as cidades com os maiores “reclamões” de Portugal
Embora, ao fim do dia, seja difícil encontrar alguém que não se queixe, se há algo que o estudo da Preply revela é que, dentro ou fora de Portugal, existem populações que poderiam ser descritas como verdadeiras especialistas na arte de reclamar… transformando qualquer ocasião numa oportunidade para lamentar com os outros.
Depois de analisar a frequência com que se reclama em diferentes pontos do país, atribuindo “notas de reclamação” aos residentes de várias localidades de Norte a Sul, a plataforma de idiomas chegou a uma conclusão que pode surpreender os habitantes de Almada, Queluz e Vila Nova de Gaia: sim, estas são as cidades com o maior número de contestatários a nível nacional, com pontuações de 8, 6,6 e 6,5, respetivamente.
Trata-se de uma realidade bem distinta, por exemplo, da verificada em Barreiro (2,8) e Agualva-Cacém (4), que apresentam as menores taxas de contestação em todo o território nacional — e, por isso, podem servir de exemplo para quem procura um pouco mais de autocontrolo, paciência e otimismo ao enfrentar eventuais contrariedades.
Política, trânsito, trabalho: do que se queixam os portugueses?
Ora, se “queixosos” não faltam no país, quais são os principais motivos de frustração dos portugueses nos últimos anos? Para responder a esta questão, a Preply decidiu questionar os inquiridos, que identificaram os temas que mais têm tirado as pessoas do sério, de Norte a Sul.
Comprovando que é quase impossível não se frustrar com o custo de vida em Portugal (42,8%), este tópico foi eleito a principal fonte de incômodo nacional, à frente de questões como o transporte público (32,5%) e as condições das estradas (30,4%). Também se destacaram preocupações como a qualidade dos serviços de saúde (32,5%), que figuram entre os maiores motivos de stress para a população.
Metodologia
Com o objetivo de compreender como se queixam os portugueses, a Preply entrevistou recentemente 1,1 mil pessoas de todas as regiões do país, que partilharam com a plataforma detalhes das suas experiências individuais. Por meio de dez questões diferentes, os inquiridos revelaram a frequência com que se queixam, os locais onde mais tendem a manifestar as suas frustrações e os temas mais estressantes, o que permitiu criar rankings comparativos sobre este hábito nas várias regiões de Portugal.
Para desenvolver uma escala de pontuação comum a todas as localidades, foi atribuída uma classificação baseada na frequência e no número de tópicos sobre os quais as pessoas tendem a queixar-se, bem como uma média dos pontos para determinar a pontuação final de cada local. Os dados foram apresentados numa escala de 0 a 10, em que 10 representa o maior número de queixas.