Investigadores da Universidade de Copenhaga, na Dinamarca, realizaram um estudo sobre a esquizofrenia onde descobriram que em cada quatro de cinco casos, a doença pode ser de origem genética. A investigação foi publicada pelo portal Biological Psychiatry, à tradução Psiquiatria Biológica.
O estudo tem como base 30 mil pares de gémeos que, segundo os investigadores, “são a estimativa mais completa e compreensível da hereditariedade da esquizofrenia”.
A análise foi realizada a gémeos nascidos entre 1951 e 2000, mas que foram acompanhados até 2011.
Para além da base de pessoas analisadas, a investigação centra-se também em distúrbios relacionados com a própria esquizofrenia, uma vez tratar-se de uma doença com sintomas muito particulares.
Em 73 por cento dos casos, a esquizofrenia é de origem completamente genética, o que, para os investigadores, é descrito como uma “componente substancial”.
Helenius Hilker, um dos investigadores, afirmou que o estudo “é interessante, uma vez que indica que o risco genético para a doença parece ter uma importância quase igual em todo o espetro da esquizofrenia”, mas que esse risco “parece não restringir-se numa definição de doença estreita, mas inclui um perfil de diagnóstico mais alargado”.
O estudo é tido como o mais alargado do tema até à data, e mostra precisamente que o risco de desenvolver a doença, para além dos genes, é também influenciado pelo ambiente vivido por cada pessoa. Apesar disso, a investigação encontra um determinado limite, pois várias pessoas analisadas poderão ter desenvolvido a doença já depois de terminada a observação.
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