Esquerda chumba moção de censura e aguenta Governo

A Assembleia da República segurou o Governo de António Costa, esta terça-feira, tendo rejeitado a moção de censura apresentada pelo CDS-PP.

A moção de censura foi rejeitada com os votos contra do PS, PCP, Os Verdes, BE e PAN.

A favor votaram PSD e CDS-PP nesta moção que surgiu na sequência dos fogos florestais de 15 de outubro e da resposta dada pelas entidades do Estado geridas pelo Governo.

“O primeiro-ministro falhou e não o reconheceu, arrepiou caminho vencido, mas não convencido. Os assessores de comunicação e de imagem podem dar uma ajuda, mas não mudam a natureza das pessoas e não lhes dão o estatuto que não têm”, disse Assunção Cristas, perante o Parlamento.

A líder do CDS-PP revelou ainda que António Costa é “um político habilidoso” mas o país precisava de “um estadista”.

Do lado do PSD, Hugo Soares, líder parlamentar, criticou a resposta do Governo aos fogos de Pedrógão Grande e de outubro, assumindo que houve “incompetência, soberba e insensibilidade”.

“O país sabe hoje que tem um primeiro-ministro excelente a dar boas notícias, mas nas horas difíceis, nas horas em que precisa de um chefe de Governo, o senhor está ausente, o senhor falha”, atirou Hugo Soares.

PCP, Bloco e Os Verdes culpam partidos da direita

Do lado dos partidos que seguraram Governo, o PS tratou de acusar o CDS-PP de “oportunismo político” com esta moção censura, enquanto que o Bloco de Esquerda revelou que esta iniciativa parlamentar era “obscena”.

Porém, Catarina Martins – coordenadora dos bloquistas – salientou que o Governo estava “impreparado” na resposta aos fogos florestais.

Quanto ao PCP quis recordar Assunção Cristas do tempo em que esta tinha responsabilidades na gestão da floresta enquanto governante. Os comunistas acusaram ainda a “política de direita” para que se tenha chegado a esta situação.

“A tragédia dos incêndios florestais é o resultado de problemas acumulados na floresta portuguesa por décadas de política de direita”, disse João Oliveira, líder parlamentar do PCP.

André Silva, do PAN, quer uma reestruturação da floresta, enquanto que Heloísa Apolónia, do partido Os Verdes, revelou que o CDS-PP pretendia “absolver-se a si próprio” e as responsabilidades que teve quando fez parte do Governo.

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