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Esquerda chamada de novo a formar governo na Suécia

O parlamento sueco deu hoje mandato ao primeiro-ministro cessante, o social-democrata Stefan Löfven, para formar novo governo, procurando resolver um impasse político que se arrasta há dois meses.

O líder do Partido Social Democrata (PSD) da Suécia, Stefan Löfven, recebeu mandato do Parlamento para encontrar parceiros de coligação e formar novo governo, após as eleições de 09 de setembro, em que venceu, mas não obteve a maioria dos votos.

Se conseguir os votos necessários no Parlamento, este será o segundo mandato de Löfven, depois de ter cumprido uma legislatura de quatro anos à frente do governo de centro-esquerda.

Nas eleições de setembro, o PSD continuou a ser o partido mais votado e a coligação de centro-esquerda conseguiu a vantagem de um deputado sobre o bloco de centro-direita (144 contra 143, de 349 deputados), mas abaixo da maioria absoluta.

Numa primeira tentativa de formar novo governo, em final de setembro, Stefan Löfven acabou demitido, derrotado na moção de confiança pelos votos da aliança de centro-direita e da extrema-direita.

Desde então, foram feitas duas tentativas de coligação por iniciativa parlamentar, que falharam, com os principais blocos a recusar entendimentos com o partido Democratas da Suécia (de extrema-direita), que foi a terceira formação mais votada, com 17,6 por cento.

No caso de Löfven sair derrotado nesta nova tentativa proposta pelo Parlamento, que será votada no início de dezembro, o presidente do Parlamento, Andreas Norlén, terá ainda duas outras tentativas (das quatro permitidas pela Constituição) para conseguir uma solução política, antes de serem convocadas novas eleições.

“A situação continua difícil”, confessou hoje Andreas Norlén, mantendo ainda assim a esperança de ver um primeiro-ministro nomeado antes da votação do Orçamento de Estado, a 12 de dezembro.

“Para os cidadãos, está na altura de resolver este caso”, acrescentou.

De acordo com as regras do “parlamentarismo negativo”, que prevalece na Suécia, um executivo pode manter-se sem apoio maioritário do parlamento, desde que não haja uma maioria que o rejeite.

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