“É uma verdadeira fantochada”, mas vai além disso: as negociações de António Costa para formar um Governo de esquerda são “um golpe de Estado”. “Só por diversão intelectual é que podemos admitir que um Governo PS, PCP e BE é estável”, comentou a antiga líder do PSD.

Portugal é “um país em estado de choque” e “em pânico” com a possibilidade que existe de “um golpe de Estado”, avisa Manuela Ferreira Leite, comentando as reuniões do líder do PS, António Costa, com as lideranças do PCP e do Bloco de Esquerda.

“Estamos perante um país em estado de choque, uma grande parte em grande pânico pela interpretação que está a ser dada aos resultados eleitorais, que é uma interpretação abusiva e que corresponde a um verdadeiro golpe de Estado”, afirmou a antiga presidente do PSD, agora na qualidade de comentadora da TVI24.

A antiga ministra das Finanças criticou ainda António Costa pela “fraude” que está a protagonizar: “É inadmissível que isso seja feito através de uma fraude aos eleitores. Se António Costa tinha na sua mente que ia aliar-se ao PCP e ao BE só teria legitimidade para fazer esta negociação se tivesse dito isso em campanha eleitoral”.

“Costa não tem mandato nenhum para se aliar à esquerda radical e o povo, 70 por cento, também não o quer”, acrescentou Manuela Ferreira Leite, lembrando os resultados das recentes legislativas.

“Isto é uma verdadeira fantochada. Só por diversão intelectual é que podemos admitir que um Governo PS, PCP e BE é sólido, estável, equilibrado, quando precisa hora a hora de votar as suas medidas”, sustentou a antiga ministra, no habitual espaço de comentário para a TVI24.

Como foi a coligação Portugal à Frente a ganhar as legislativas de 4 de outubro, Manuela Ferreira Leite frisou que cabe ao PSD governar, juntamente com o CDS e viabilizado pelo PS. Por isso, ficou o pedido aos três partidos do arco do poder: “Arranjem lá qualquer coisinha em que se entendam, por favor, é o país que está em causa”.