Cultura

Espetáculo “Fausto” cancelado devido a greve de técnicos do CCB

A greve dos técnicos de palco e audiovisuais da Fundação Centro Cultural de Belém (FCCB) levou hoje ao cancelamento do espetáculo “Fausto”, adiantou o FCCB, manifestando “surpresa” pelo sucedido já que a paralisação abrangia apenas o trabalho suplementar.

“Foi com a maior surpresa que o Conselho de Administração da FCBB tomou conhecimento de que o espetáculo da tarde de hoje iria ser inviabilizado, por motivo dessa “greve”, o que veio a acontecer, apesar de o espetáculo acontecer durante uma jornada normal de trabalho, e não em sede de “trabalho suplementar”, facto perante o qual a FCCB não deixará de desenvolver as devidas consequências”, salienta em comunicado.

O Conselho de Administração da FCCB afirma que o pré-aviso de greve “era claramente explícito no que se refere ao seu objeto, referindo-se exclusivamente uma “greve ao trabalho suplementar”, a partir do dia 01 de Novembro” e destaca que a greve “não tem afetado a programação normal da FCCB, assegurando-se sempre a realização de todos os espetáculos programados”.

O Sindicato dos Trabalhadores de Espetáculos, do Audiovisual e dos Músicos (CENA/STE) iniciou a 01 de novembro uma greve dos técnicos do Centro Cultural de Belém (CCB), ao trabalho extraordinário, por tempo indeterminado.

“Depois de vários anos de utilização abusiva da figura do trabalho suplementar, o que fez com que os técnicos tenham já intentado uma ação em tribunal contra a FCCB, decidiram estes trabalhadores avançar para esta forma de luta numa demonstração clara de unidade e de que não é possível continuar a permitir que toda a atividade regular da FCCB se baseie em trabalho suplementar”, justificou o CENA/STE.

No comunicado, o sindicato defende que “é essencial avançar para um cenário laboral em que o trabalho suplementar sirva para suprir necessidades imprescindíveis e imponderáveis que possam surgir”.

No caso do CCB, consideram que, “tendo em conta a programação bastante preenchida e exigente desta casa, é necessário adequar os recursos humanos ao crescente e intenso ritmo de trabalho”.

No comunicado assinado pela direção, o sindicato defende “o respeito pelos tempos de descanso dos trabalhadores, a sua vida pessoal e familiar e ter em conta que boa parte do seu trabalho exige um enorme esforço físico devido a longas jornadas de trabalho, horários extremamente irregulares e períodos de descanso reduzidos, pondo em causa a sua segurança e integridade física”.

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