Economia

“Esperança”, diz Portas sobre o desemprego em 14,3 por cento

paulo portas Portugal tem 736 mil desempregados, mas o vice-primeiro-ministro prefere centrar as atenções na evolução homóloga. “É um sinal de esperança”, diz Paulo Portas, analisando a queda de 2,6 por cento face a maio de 2013: “É o número mais baixo em muitos anos”.

O desemprego desceu em Portugal, país que continua a ter a quinta taxa mais elevada da União Europeia (UE). Paulo Portas prefere encarar o “sinal de esperança” que representa a descida do indicador em termos homólogos: face aos 16,9 por cento de maio de 2013, o mesmo mês deste ano registou 14,3 por cento.

O vice-primeiro-ministro, Paulo Portas, considerou hoje que a descida da taxa de desemprego, que em maio se fixou nos 14,3%, é um «sinal de esperança», destacando ser o valor «mais baixo em muitos anos».

“O desemprego está a descer constantemente, ainda lentamente, mas com uma tendência que já é muito significativa. Ficámos hoje a saber que o desemprego está em 14,3 por cento”, salientou o vice-primeiro-ministro, comentando os dados hoje apresentados pelo Eurostat.

“É o número mais baixo em muitos anos, é um sinal de esperança”, frisou Paulo Portas, ao discursar no encerramento do fórum de negócios Moçambique-Portugal, que decorreu esta terça-feira em Lisboa.

Portugal tem a quinta taxa mais elevada da UE, mas para o governante é preferível encarar a descida face ao registo histórico de 17,7 por cento, atingido ainda durante a ‘regência’ da troika.

“Ainda há 14,3 por cento de desemprego, mas em pouco mais de um ano descemos mais de três pontos percentuais o valor do desemprego”, salientou o vice-primeiro-ministro.

“O crescimento está de volta e há criação de emprego para que, progressivamente, o desemprego vá baixando”, insistiu Paulo Portas, dirigindo-se aos empresários presentes no fórum.

“Por cada empresa que desaparece nascem duas”, ao contrário do que acontecia há um ano, quando “por cada que nascia duas desapareciam”, complementou Portas: “é uma mudança para melhor”.

De acordo com os dados hoje apresentados pelo gabinete oficial de estatísticas da UE, Portugal continua a ter a quinta taxa de desemprego mais alta entre os 28 países da União Europeia (UE). Em maio, segundo o Eurostat, o drama social atingia mais de 736 mil pessoas, sendo que 135 mil casos referem-se a jovens com menos de 25 anos.

A boa notícia é a dupla queda da taxa, quer na comparação homóloga (com o mesmo mês do ano anterior), quer em termos mensais.

Face a maio do ano passado, a descida de 2,6 por cento foi a segunda maior em toda a União Europeia (apenas superada pela da Hungria), colocando o índice nos 14,3 por cento.

O gabinete oficial de estatísticas da UE salienta que a tendência de queda tem sido uma constante em 2014, ano que começou com uma taxa de desemprego de 15 por cento: seguiram-se 14,9 (fevereiro), 14,8 (março) e 14,6 por cento (em abril).

Os dados mostram também o outro lado do problema: só em Grécia (26,8, valor de março), Espanha (25,1), Croácia (16,3) e Chipre (15,3) é que a taxa de desemprego é superior à registada em Portugal.

Em termos médios, a União Europeia tem uma taxa de desemprego de 10,3 por cento e a zona euro de 11,6 por cento.

O desemprego também baixou ao nível dos jovens. Depois dos 39 por cento de maio do ano passado, o Eurostat colocou agora o indicador nos 34,8 por cento, o que também assinalou uma descida face a abril (35,9 por cento).

Só que ainda há mais de 135 mil jovens com menos de 25 anos desempregados. Grécia (57,7), Croácia (48,7), Espanha (54), Itália (43) e Chipre (37,3) são os cinco países da UE que, no desemprego jovem, estão pior do que a economia portuguesa.

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